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Moraes mantém prisão de Roberto Jefferson

Defesa havia alegado que Jefferson corre “grave risco” de morte; Moraes determinou volta do hospital à prisão

Metrópoles – O ministro Alexandre de Moraes manteve nesta quarta-feira (13/10) a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson. Detido há dois meses, Jefferson está desde 4 de setembro no Hospital Samaritano Barra, no Rio de Janeiro, onde passou por um cateterismo.

Na última segunda-feira (11/10), a defesa do presidente do PTB havia pedido ao STF a prisão domiciliar a Jefferson e alegou que o ex-deputado correrá “grave risco” de morte se sair do hospital e retornar à cadeia. Moraes recusou a solicitação e determinou que Roberto Jefferson volte à cadeia Bangu 8. Jefferson já pode ter alta do hospital desde a semana passada, informou o Hospital Samaritano.

Segundo Moraes, a prisão preventiva de Jefferson ainda é “imprescindível à ordem pública”. Essa avaliação foi feita pelo ministro em 31 de agosto, quando havia negado um pedido de habeas corpus do ex-deputado.

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União Brasil: fusão entre DEM e PSL reúne maior bancada da direita em 20 anos

Convenção conjunta dá passo final para a formação de uma capilarizada legenda, com planos de ocupar os espaços entre Bolsonaro e Lula na corrida presidencial. Em 20 anos, será a primeira vez que a direita reúne tantos parlamentares em uma única agremiação

Reunidos em convenção simultânea ontem, o Democratas e o PSL aprovaram a fusão das legendas que dará origem ao maior partido do país, o União Brasil. A legenda será presidida pelo atual presidente do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE). Já ACM Neto, que comanda o DEM, passará a ser o secretário-geral, segundo nome mais importante da legenda. A nova agremiação nasce capilarizada: somadas, detêm 545 prefeituras, cinco governos estaduais, oito senadores, 82 deputados federais, três pré-candidatos à Presidência da República e fundos eleitoral e partidário milionários.

ela disposição do encontro conjunto de ontem, a ideia do União Brasil é ter um postulante ao Palácio do Planalto, em 2022, consolidando-se como terceira via. Isso, aliás, foi deixado claro por ACM Neto, que não acredita na ida de Pacheco para o PSD, conforme se especula pelas movimentações do presidente pessedista Gilberto Kassab.

“Nunca ouvi nenhuma palavra sugerindo uma saída dele do Democratas. Acho que, com a criação do União Brasil, isso amplia o vínculo e o laço não só dele como de tantas outras lideranças”, afirmou.
Será a primeira vez, em 20 anos, que a direita reúne tantos parlamentares em uma única agremiação. A última vez foi no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, quando o PFL (atual DEM) elegeu 105 representantes. Segundo políticos a par da fusão, o líder da bancada na Câmara deverá ser o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), que conduziu as articulações para definir a união das siglas nos estados e é aliado próximo de ACM Neto.

Tanto Bivar quanto ACM Neto se esquivaram de projetar o futuro — disseram que até que ser obtido o aval para a fusão Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tudo continua como está e que a permissão da nova legenda saia até fevereiro, antes da abertura da janela partidária para as eleições de 2022. “Vamos agora decidir a política nacional não só no Congresso Nacional, mas em todos os estados do país”, disse o governador Ronaldo Caiado (DEM-GO), ao discursar na reunião do partido.

Estrago menor

Em relação aos bolsonaristas que integram os dois partidos, o estrago pelas saídas que já são esperadas tem tudo para ser menor do que o projetado inicialmente. Indicação disso foi o isolamento do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, derrotado na convenção por ter votado contra a fusão e por não conseguiu manter o União Brasil atrelado ao governo federal. O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), disse que a saída de parlamentares do PSL mais alinhados ao governo é esperada e que não vê uma debandada.

“Vi poucas defecções. O Onyx votou contra, mas fica e quer o controle do partido no Rio Grande do Sul. Eu desconheço as saídas. São realmente muito poucos do Democratas. Os do PSL já estavam precificados, era algo que já estava anunciado”, afirmou.

Segundo ACM Neto, existe, hoje, a necessidade de reduzir o número dos partidos do país. “A miríade que temos hoje confunde o eleitor, favorece o fisiologismo, dificulta enormemente a construção de consensos direcionados pelo interesse nacional. E finalmente mina a confiança dos brasileiros na política brasileira e na própria democracia”, destacou.

O poder de fogo do União Brasil

» Prefeituras – 458 do DEM e 87 do PSL
» Governos estaduais – Dois do DEM e três do PSL
» Bancada no Senado – seis senadores do DEM e dois do PSL
» Bancada na Câmara – 28 deputados federais do DEM e 54 do PSL
» Pré-candidatos à Presidência da República – senador Rodrigo Pacheco (MG) e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta pelo DEM, e o apresentador de tevê José Luiz Datena pelo PSL

Fonte: Correio Braziliense

Alckmin está de malas prontas para se filiar ao União Brasil, diz coluna

Segundo a coluna, Alckmin espera apenas a confirmação que o comando do diretório estadual do União será entregue ao prefeito de Santos, Rogério Santos, que, assim como ele, está de malas prontas para deixar o PSDB.

O União Brasil, partido resultante da fusão DEM/PSL, dá como certo o ingresso do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin na legenda na semana que vem. A informação é da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Segundo a coluna, Alckmin espera apenas a confirmação que o comando do diretório estadual do União será entregue ao prefeito de Santos, Rogério Santos, que, assim como ele, está de malas prontas para deixar o PSDB. (Com informações do site Bahia.Ba)

Nazista preso no Rio disse que “caça” homossexuais

A polícia do Rio descobriu que Aylton Proença Doyle Linhares, neonazista preso, tentava agarrar crianças no condomínio em que mora. Com ele foram apreendidos objetos como 12 fardas nazistas, medalhas do Terceiro Reich, um quadro de Adolf Hitler, um documento da SS, a organização paramilitar nazista, com a foto dele, recortes de jornal dos anos 1950 sobre nazismo

Revista Forum – Aylton Proença Doyle Linhares, neonazista preso no Rio de Janeiro, na última terça-feira (5), sob a acusação de estuprar um menino de 12 anos, disse à Polícia Civil que “caça” homossexuais. “Ele é um cara inteligente e articulado, mas nega o Holocausto, é homofóbico, pedófilo e diz que caça homossexuais”, disse o delegado responsável pelo caso, Luis Armond. A investigação contra Linhares começou a partir de uma denúncia de um vizinho que suspeitou do abuso sexual. A polícia, então, descobriu que o homem tentava agarrar crianças no condomínio em que mora e conseguiu junto à Justiça um mandado de prisão temporária.

Ao chegar na residência do suposto abusador, os agentes policias se depararam com um farto material nazista, além de armas e munição. Foram encontrados, por exemplo, uniformes nazistas, bandeiras com suásticas, quadro de Adolf Hitler, medalhas do Terceiro Reich, capacete militar e até mesmo uma espécie de passaporte nazista com sua foto. Segundo a polícia, o material encontrado, junto com as armas, é avaliado em cerca de 3 milhões de euros (leia a íntegra na Revista Forum).

247

Podemos já considera Sérgio Moro seu candidato a presidente e tenta ressuscitar o lavajatismo

Condenado no STF pela parcialidade contra o ex-presidente Lula, Sérgio Moro já é tratado pela presidente do Podemos, Renata Abreu, como o nome da sigla para disputar o Planalto em 2022. A legenda, agora, tenta ressuscitar o lavajatismo, que teve diversas práticas anticonstitucionais comprovadas pela Vaza Jato

247 – Condenado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela parcialidade contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-juiz Sérgio Moro passou a ser considerado pelo Podemos como o candidato da sigla à presidência da República em 2022. De acordo com informações publicadas pela coluna de Guilherme Amado, a presidente do Podemos, Renata Abreu, tem anunciado o ex-juiz como o nome da sigla em 2022.

O ex-ministro está morando nos Estados Unidos e desembarcou no Brasil no mês passado para conversas com lideranças sobre o cenário eleitoral do próximo ano.

Depois de tirar o ex-presidente Lula da eleição de 2018, Moro aceitou o convite da equipe do atual governo, na campanha eleitoral daquele ano. Depois foi ser ministro da Justiça. Deixou o cargo em abril do ano passado, apontando crime de responsabilidade de Jair Bolsonaro, ao denunciar a tentativa de interferência na Polícia Federal.

O ex-juiz ficou conhecido pelo julgamento dos processos em primeira instância da Lava Jato, mas cometeu diversas irregularidades durante a operação. De acordo com denúncias publicadas pelo Intercept Brasil, ele agia como uma espécie de assistente de acusação, o que feria a equidistância entre quem julga e quem acusa – as ilegalidades comprovadas ficaram conhecidas como vaza Jato.

Após autorização do STF, a defesa do ex-presidente Lula teve acesso a diálogos apontando que, em uma das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016, o então magistrado pergunta se os procuradores têm uma “denúncia sólida o suficiente”.

Em 28 de abril de 2016, o então coordenador da Lava Jato, Deltan Dalla­gnol, avisou à procuradora Laura Tessler que Moro o havia alertado sobre a falta de uma informação na denúncia de um réu — Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobras para a construção de plataformas de petróleo.

Uma reportagem do jornal francês Le Monde, publicada em abril deste ano, mostrou que Moro esteve a serviço dos Estados Unidos quando atuava na Lava Jato.

Houve mais irregularidades. Os procuradores Deltan Dallagnol e Vladimir Aras não entregaram nomes de pelo menos 17 americanos que em 2015 estiveram em Curitiba (PR) sem o conhecimento do Ministério da Justiça, uma demonstração da influência dos EUA sobre a Lava Jato.

247

Diretor da PF troca diretor do órgão em Brasília, responsável por investigações sobre fake news, Jair Renan e espiã do STF

Troca no comando da PF em Brasília foi feita pelo diretor-geral da Polícia Federal, o bolsonarista Paulo Maiurino. O delegado Hugo de Barros Correia era responsável por conduzir investigações consideradas sensíveis ao governo Jair Bolsonaro

247 – O diretor-geral da Polícia Federal, o bolsonarista Paulo Maiurino, decidiu mudar a chefia da superintendência  da corporação no Distrito Federal. O superintendente, Hugo de Barros Correia, estava há menos de cinco meses no cargo e era responsável por conduzir investigações sensíveis ao governo Jair Bolsonaro.

Dentre os inquéritos que correm no órgão estão os casos relacionados ao inquérito das fake news e sobre a organização de atos antidemocráticos, sob relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O órgão também é responsável pelas apurações sobre os negócios de Jair Renan, filho do ex-capitão, e da ex-estagiária do STF Tatiana Marques de Oliveira Garcia Bressan, supeita de repassar informações do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski para o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, as críticas da cúpula da PF ao trabalho de Correia teriam começado ainda nos primeiros dias de sua gestão à frente do órgão, quando foi deflagrada uma operação contra Ricardo Salles, então ministro do Meio Ambiente, com supostas falhas de apuração e pela ausência de necessidade de divulgação das medidas judiciais cumpridas, considerada uma praxe pela instituição.

A gota d’água, porém, teria sido a operação contra Tatiana Marques, deflagrada na última quinta-feira (7), que não teria sido comunicada à direção-geral da PF.

Dirigentes do Psol dizem que apoio a Lula em 2022 não está garantido

Partido pretende condicionar apoio ao ex-presidente a reciprocidade em São Paulo, em torno da candidatura de Guilherme Boulos, e a compromissos na agenda econômica

247 – “Dirigentes do PSOL afirmam que o apoio do partido a Lula ainda não está garantido —embora o PT já considere a adesão como favas contadas. Há pedras ainda no caminho, dizem psolistas. Algumas delas seriam programáticas: o PSOL quer que Lula incorpore a seu programa propostas como a taxação das grandes fortunas e a revogação do teto de gastos”, informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo.

“A outra seria o eventual apoio dos petistas a candidaturas do partido em alguns estados —como a de Guilherme Boulos em São Paulo. O PT, no entanto, já está em pré-campanha pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT-SP)”, prossegue.

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Michelle e Flávio Bolsonaro direcionaram mais de R$ 50 milhões em publicidade e patrocínio da Caixa

Michele Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (Foto: Divulgação)

O senador Flávio Bolsonaro seria o responsável pelo direcionamento de cerca de 57% dos R$ 87,5 milhões investidos pelo banco em patrocínios entre janeiro e agosto de 2021. A primeira-dama aplicou o direcionamento de patrocínios em ONGs

247 – A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) atuaram em um esquema que direcionou mais de R$ 50 milhões em verbas de publicidade e patrocínio da Caixa Econômica Federal (CEF). O parlamentar seria o responsável pelo direcionamento de cerca de 57% dos R$ 87,5 milhões investidos pelo banco em patrocínios entre janeiro e agosto de 2021. A primeira-dama aplicou o direcionamento de patrocínios em Organizações Não Governamentais (ONGs) que têm ligação com igrejas evangélicas. A informação foi publicada pela revista Crusoé.

Um dos beneficiados pelo direcionamento de recursos foi a Confederação Brasileira de Ginástica, presidida por Maria Luciene Cacho Resende e representada por Ricardo Cacho Resende, filho dele e amigo de Flávio. A entidade recebeu patrocínio de R$ 30 milhões, o maior repassado pela entidade neste ano.

No caso de Michelle, a primeira-dama aplicou o direcionamento de patrocínios em ONGs que têm ligação com igrejas evangélicas.

A Associação Beneficente Criança Cidadã, por exemplo, recebeu R$ 1,75 milhão em 2019 e R$ 2,2 milhões em abril deste ano. O primeiro deles foi creditado um mês após encontro de Myrna Salsa da Nóbrega Targino, presidenta da ONG, com Michele, em novembro de 2019.

Em troca, a primeira-dama recebeu o título de “madrinha” da entidade.

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OMS recomenda pela primeira vez na história uma vacina contra a malária

Lordina Dadzie, de seis meses de idade, recebe uma dose da vacina RTS,S contra a malária na clínica Breman-Amanfopong, em Gana, em 2019. WHO / FRANCIS KOKOROKO

O imunizante RTS,S é seguro e tem uma eficácia em torno de 40%, por isso foi aprovado para utilização em larga escala como método complementar de prevenção. A malária causa cerca de 400.000 mortes anuais, a maioria de crianças africanas menores de cinco anos

A comunidade científica buscou uma vacina contra a malária durante mais de 100 anos. Essa busca envolveu milhões de dólares e milhões de horas de trabalho de cientistas e epidemiologistas de todo o mundo, mas agora é uma realidade: pela primeira vez, uma vacina obteve a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ser aplicada em larga escala, podendo, portanto, ser acrescentada —não substituir— ao pacote básico de medidas preventivas e de diagnóstico. Trata-se da RTS,S / AS01 da farmacêutica GlaxoSmithKline, com o nome comercial de Mosquirix, e fez história nesta quarta-feira.

“Comecei minha carreira como pesquisador da malária e ansiava pelo dia em que teríamos uma vacina eficaz contra essa antiga e terrível doença. Hoje é esse dia: um dia histórico. A tão esperada vacina para crianças é um grande avanço para a ciência, para a saúde infantil e para o controle da doença”, disse o diretor-geral da OMS, o doutor Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva nesta quarta-feira. “Seu uso, além das ferramentas de prevenção existentes, poderá salvar dezenas de milhares de vidas dos mais jovens a cada ano.”

O imunizante recomendado agora pela OMS atua contra o parasita Plasmodium falciparum, transmitido para o ser humano através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, que é o mais mortífero do mundo e prevalece na África subsaariana. Em 2019 ocorreram 409.000 mortes por malária, 94% delas nesse continente, onde as crianças são as principais vítimas: mais de 260.000 africanos menores de cinco anos morrem a cada ano devido a essa doença parasitária que infecta cerca de 200 milhões de pessoas anualmente.

“A malária assola a África subsaariana há séculos, causando um enorme sofrimento pessoal”, disse a doutora Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para a África. “A recomendação de hoje oferece um raio de esperança para o continente, que carrega o maior fardo da doença”, acrescentou. A partir de agora, a posição da OMS é a de que, no contexto do controle integral dessa patologia, seja utilizada a vacina RTS,S para a prevenção da malária causada pelo P. falciparum nas crianças que vivem em regiões de transmissão moderada a alta. O imunizante deverá ser administrado em quatro doses em crianças a partir dos cinco meses de idade.

“Esta é uma vacina desenvolvida na África para crianças africanas e com cientistas africanos. Este campo de pesquisa está repleto de esforços fracassados, e agora temos uma que demonstrou sua capacidade de prevenir doenças e mortes”, destacou a doutora Kate O’Brien, diretora do Departamento de Imunização da OMS, em uma sessão informativa virtual na segunda-feira. Pedro Alonso, diretor do Programa Mundial de Malária da mesma organização, também ressaltou o quanto esta descoberta é extraordinária: “Não temos vacinas contra a filariose, a oncocercose, a doença do verme-da-guiné ou qualquer protozoário porque, do ponto de vista biológico, eles são incrivelmente complexos. Do ponto de vista científico, este é um grande avanço”.

Depois de três décadas de pesquisas para esta vacina, depois de ela se mostrar segura e eficaz em ensaios clínicos, e depois da avaliação positiva da Agência Europeia de Medicamentos em 2015, a OMS patrocinou um programa piloto para fornecê-la em áreas selecionadas do Quênia, Gana e Malawi. O programa começou em 2019 com uma campanha liderada pelos Ministérios da Saúde de cada país. “Foram eles que levantaram a mão para dizer: ‘Gostaríamos de ser um dos países para testar a introdução deste produto’. Isso realmente mostra o intenso desejo de ter uma ferramenta adicional de prevenção”, assinalou O’Brien.

Financiada com 70 milhões de dólares pela Aliança Global de Vacinas (Gavi), pelo Fundo Mundial de Luta Contra a Aids, Tuberculose e Malária e pela Unitaid, a campanha começou com o objetivo de avaliar várias questões pendentes: a viabilidade de administrar as quatro doses recomendadas, seu papel na redução da mortalidade infantil e sua segurança no contexto do uso rotineiro. “Houve alguns sinais um pouco desconcertantes na fase três do ensaio clínico, e por precaução foi importante esclarecê-los, mesmo pensando serem casos fortuitos”, disse O’Brien, porque no maior ensaio as crianças que receberam a RTS,S tiveram um risco 10 vezes maior de sofrer meningite do que as que receberam apenas uma dose de controle. “Através de uma análise muito cuidadosa, ficou demonstrado que esses eventos não tiveram relação com sua administração”, afirmou a médica.

Dois anos depois, os resultados desse programa piloto foram avaliados pelos principais órgãos consultivos da OMS nessa área: o Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE) e o Grupo Consultivo de Políticas sobre Malária (MPAG). Eles concluíram que os resultados foram suficientemente positivos para recomendar o uso em larga escala da vacina. Nesse período, mais de 2,3 milhões de doses foram administradas através dos programas de imunização rotineiros de cada país. Mais de 800.000 crianças receberam ao menos uma dose.

Os dados coletados nos últimos dois anos demonstram que a RTS,S é segura, reduz significativamente as formas graves da doença —que são potencialmente fatais— e também que ela pode ser administrada com eficácia em ambientes de vacinação infantil da vida real, inclusive em tempos de pandemia, como demonstrado desde o início de 2020, em meio à covid-19.

Dada sua eficácia parcial, de 36% em crianças a partir dos cinco meses de vida, essa imunização não foi planejada como um remédio único, mas sim como uma ferramenta complementar que ajudará a diminuir a mortalidade infantil. “Uma redução dessas pode se traduzir em dezenas de milhares de vidas salvas a cada ano”, ressaltou a doutora Mary Hamel, líder do Programa de Implementação da Vacina contra a Malária.

A OMS também destacou que a RTS,S aumenta a equidade no acesso a medidas preventivas, pois os dados do programa piloto demonstram que, nesse período, mais de dois terços das crianças dos três países que não dormem sob redes mosquiteiras —uma das ferramentas mais eficazes— foram beneficiadas pela imunização. Ao todo, mais de 90% das crianças contaram com pelo menos uma ferramenta de prevenção. A OMS também não constatou nenhum impacto negativo na interação com outras vacinas infantis.

Após esta recomendação, durante os próximos seis meses será iniciada uma busca de parceiros financeiros, enquanto os países interessados começarão a planejar como introduzir esta ferramenta em seus programas. “Nada dramático chegará às crianças africanas nos próximos seis meses, mas é o momento de tomar decisões críticas que permitirão que isso aconteça em um futuro não muito distante”, sugeriu Alonso. Em um comunicado conjunto, o Fundo Mundial, a Unitaid e a Gavi comemoraram esta notícia e anunciaram que estudarão como financiar um novo programa de vacinação.

Ar fresco para uma luta estagnada

A luta contra a malária durante a primeira parte do século XXI conheceu uma era dourada graças ao desenvolvimento e implementação de algumas ferramentas-chave de prevenção, como as redes mosquiteiras, os tratamentos combinados com artemisinina, os exames de diagnóstico rápido e a inclusão da luta contra essa doença como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A criação do Fundo Mundial e de agências bilaterais também permitiu ter recursos financeiros suficientes. Tudo isso conseguiu evitar mais de sete milhões de mortes e mais de 1,5 bilhão de casos.

No entanto, nos últimos cinco anos o avanço estagnou. Em inúmeras ocasiões, a OMS alertou que, com as ferramentas e os recursos financeiros disponíveis, não era possível continuar avançado. Neste contexto, a aprovação da organização é uma decisão histórica. “É um momento extraordinariamente emocionante”, assinalou Alonso.

Inovações a caminho

A RTS,S é a primeira vacina a obter a recomendação da OMS, mas há outras. Em maio, a Universidade de Oxford anunciou que o imunizante que ela está desenvolvendo teve 77% de eficácia nos resultados preliminares de seu ensaio clínico, que entrará agora na fase 3 para que continuem sendo exploradas suas capacidades. Também neste ano, o laboratório alemão BioNTech anunciou o início dos ensaios clínicos de uma vacina “segura e muito eficaz” com RNA mensageiro até o final de 2022. Nos Estados Unidos, uma equipe científica infectou 56 voluntários e comprovou que o tratamento posterior com um medicamento induz uma proteção de até 100% contra o microrganismo. “Esta [vacina] não pode ser a definitiva. Ela é realmente importante, mas esperamos que demonstre que podem ser desenvolvidas vacinas contra a malária e que estimule a busca de outras que complementem esta ou que a superem”, concluiu, esperançoso, o doutor Alonso.

EP

Presidente da ANS cede a pressão e promete à CPI intervir na Prevent Senior

Paulo Rebello Filho diz em depoimento que a Agência Nacional de Saúde só soube das denúncias contra a operadora pela CPI da Pandemia. Ele foi assessor do deputado Ricardo Barros, um dos alvos da comissão

O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho, afirmou nesta quarta-feira, na CPI da Pandemia, que a agência vai acompanhar de perto os processos referentes à Prevent Senior sobre o enfrentamento do coronavírus. A operadora é investigada pela comissão sob suspeita de prescrever indiscriminadamente a seus beneficiários o kit covid, que contém drogas que não funcionam contra o vírus, e de omitir a doença como causa de morte de atestados de óbitos. Segundo ele, a ANS enviará um diretor técnico para acompanhar os fluxos e processos da rede privada de saúde “a partir do dia 14″ próximo. “Ele vai estar lá na operadora solicitando informações, corrigindo fluxos, estabelecendo metas junto à operadora e acompanhando esses indícios de irregularidades apontados pela CPI e apontando todas essas informações à ANS”, explicou Rebello aos senadores.

Em uma sessão esvaziada e ironizada pelo presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM), que afirmou que Rebello “está só”, e que os governistas só enchiam a sala quando o convidado era o empresário Luciano Hang, os senadores suspeitavam que a Prevent Senior havia sido blindada pela ANS. De fato, Rebello diz que só tomou conhecimento das denúncias envolvendo a operadora por meio da CPI e que, por isso, não abriu investigação antes. Mas a história não colou. “Vossa senhoria deve ter dentro de sua estrutura uma assessoria de imprensa muito boa. Não me convence que só tenha tomado conhecimento depois da CPI, porque blogs e jornais já denunciavam a Prevent Senior desde março”, disse o senador Otto Alencar (PSD-BA), ao afirmar que não ficou “convencido” com as explicações de Rebello.

EP



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