:: ‘Política’
“Me arrependo do voto em Bolsonaro em 2018”, diz senador Alessandro Vieira
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), em entrevista à TV 247, disse estar arrependido de ter votado em Jair Bolsonaro em 2018. Agora, ele diz trabalhar para, no primeiro turno das próximas eleições, eleger uma terceira via.
“Eu fiz uma escolha, a comuniquei. Na escolha, já disse que ia ter uma atuação o mais incisiva possível para evitar aqueles problemas que já se anunciavam, o autoritarismo, o despreparo”, justificou o senador sobre o voto em Bolsonaro. “Mas, hoje, tenho que reconhecer que me arrependo do voto. Subestimamos o problema do Bolsonaro, subestimamos a má qualidade, o dano que ele podia causar. E superestimamos o entorno. Se imaginou que aquele entorno de generais e de técnicos conseguiria controlar os arroubos do deputado radical Jair Bolsonaro. E isso não aconteceu, aconteceu o contrário, ele submeteu esse entorno”, ressentiu.
O parlamentar acredita que o Brasil agora deve “mudar de página”, e que nem Lula e muito menos Bolsonaro poderiam resolver os problemas do país: “Agora, com esse arrependimento, como vamos fazer para 2022? A minha intenção nesse momento é trabalhar para uma terceira via. O Brasil merece mudar de página. Não acredito que um retorno do ex-presidente Lula vá resolver os nossos problemas. E tenho certeza também que a permanência de Jair Bolsonaro não ajuda. Mas é uma construção democrática. No final das contas, quem decide é o eleitor. E se chegarmos novamente ao segundo turno com o projeto do PT e o projeto do Bolsonaro, eu vou ter que refletir junto com o eleitor de Sergipe e tomar uma decisão, e ela vai ser pública. Me esconder não faz parte do cardápio”.
CPI da Covid
O senador, que tem atuação marcante na CPI da Covid, prevê que os fatos mais graves irão emergir das investigações. No entanto, ele se mostrou pessimista quanto às chances de um impeachment contra Bolsonaro.
“Temos convicção de que, ao final, a CPI vai ter provas de fatos graves. Decidir se isso vai ser ou não suficiente para o impeachment passa por outra esfera. A gente sabe que o processo de impeachment no Brasil passa por uma etapa que é a decisão unilateral do presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Lira. É muito improvável que ele dê andamento a qualquer situação que tenha referência ao impedimento do presidente”, disse o senador.
Expulso do DEM, Rodrigo Maia se oferece para ajudar Lula em 2022
247 – “O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia se ofereceu para colaborar com o programa de governo e nas articulações da campanha de Luis Inácio Lula da Silva para a presidência da República em 2022”, segundo informa a jornalista Malu Gaspar, em sua coluna no Globo. “Os dois tiveram uma conversa fechada no Palácio da Cidade, sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (11), da qual também participaram o prefeito, Eduardo Paes (PSD), e a presidente do PT Gleisi Hoffmann”, diz ainda a jornalista.
“Na conversa de 20 minutos com Lula, Maia disse que poderia ajudar a fazer a interlocução de sua campanha com políticos e setores da sociedade que hoje rejeitam o PT”, especialmente no chamado “mercado”. Em entrevista recente à TV 247, Maia disse que cabe a Lula liderar a luta democrática no País.
Lideranças do PSOL se incomodam com articulação do PT por desistência de Boulos: ‘quer indicar até síndico’
Uma liderança nacional do PSOL afirma que se o PT não fizer um gesto político, vai ficar claro que não aprendeu a compartilhar. Ala do partido está incomodada com a tentativa do PT de fazer com que Guilherme Boulos abandone sua pré-candidatura ao governo do Estado
Lideranças do PSOL estão incomodadas com a tentativa do PT de levar Guilherme Boulos a desistir de sua pré-candidatura ao governo do Estado de São Paulo para lançar Fernando Haddad. Em vez disso, essa ala do partido do líder do MTST propõe uma chapa em que o ex-prefeito de capital paulista se lance ao Senado, com Boulos ao governo.
“Boulos é um dos maiores defensores de apoiar uma candidatura de Lula no PSOL já no primeiro turno. E, com isso, compra brigas internas porque sempre tivemos candidato. Mas se o PT não quiser dar nenhuma reciprocidade ao projeto político do PSOL, o apoio do partido vai ficar difícil”, afirma uma das lideranças, segundo o jornalista Leonardo Sakamoto.
Uma liderança nacional do PSOL afirma que se o PT não fizer um gesto político, vai ficar claro que não aprendeu a compartilhar, informa o colunista do UOL. “Se a linha hegemonista prevalecer, querendo preencher cargo para presidente, para governo, para síndico de prédio, aí não tem diálogo”, afirma.
Segundo informou a jornalista Mônica Bergamo nesta terça, o PT estaria tentando articular um acordo com o PSOL para que, em troca da desistência de Boulos ao governo do Estado, o líder do MTST receberia o apoio dos petistas em uma candidatura à Prefeitura de São Paulo em 2024.
Lula pode participar de atos do dia 19 contra Bolsonaro
Ex-presidente avalia se estará presente nas manifestações deste sábado, em postura diferente da de 29 de maio, quando a população saiu às ruas no primeiro dia dos atos
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia se irá participar das manifestações do próximo sábado (19) contra o governo de Jair Bolsonaro em todo o Brasil. A Frente Brasil Popular já prevê protestos em 500 cidades em todas as regiões do País. Ele disse a aliados que estuda se estará presente ou se manifestará pelas redes sociais, segundo a jornalista Bela Megale.
Caso vá, Lula estará adotando uma postura diferente da do dia 29 de maio, quando a população saiu às ruas pela primeira vez nessa leva de atos contra a condução da pandemia e em defesa de vacinas contra a Covid-19. Na ocasião, Lula não fez nenhuma declaração pública sobre as mobilizações.
“Dentro do PT, há lideranças que defendem a participação de Lula nos protestos e outras que veem sua presença ou apoio aos atos como um tiro no pé. Esta ala acredita que qualquer envolvimento do ex-presidente pode macular seu discurso crítico à atuação de Bolsonaro na condução da pandemia”, expõe a colunista.
Lira articula acelerar votação na Câmara do distritão, novo modelo eleitoral
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), articula acelerar a votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) que altera o atual sistema de eleição ao Legislativo, o proporcional, para o chamado distritão.
A ideia é que os deputados votem antes do recesso parlamentar de julho -alguns dizem ser possível aprovar a proposição ainda em junho.
Hoje, vereadores e deputados -estaduais e federais- são eleitos pelo sistema proporcional. Os assentos nas Casas Legislativas são distribuídos de acordo com a votação total dos candidatos e do partido (voto na legenda). Os votos excedentes dos mais votados ajudam a puxar candidatos com menos votos.
No distritão, são eleitos os mais votados. Ou seja, toda a votação dada em excesso aos eleitos e a dada aos não eleitos não vale nada. Em vez de priorizar o apoio a partidos, o distritão fortalece o personalismo, com tendência de beneficiar políticos já bem colocados e celebridades.
Inicialmente, a discussão sobre o distritão estava ocorrendo dentro da comissão especial que analisa a PEC 125. No colegiado, presidido pelo deputado Luis Tibé (Avante-MG), a proposta é relatada pela deputada Renata Abreu (Podemos-SP).
A intenção era que o parecer da deputada trouxesse o distritão entre as mudanças. No entanto, na última semana, ganhou força a ideia de levar a PEC do distritão direto a plenário, diante da avaliação dos deputados de que é preciso acelerar o debate para que se negocie, desde já, a formação de chapas.
Lira teria dado a Renata Abreu mais um tempo para que ela tente um acordo sobre o tema na comissão especial. Se não conseguir, porém, o distritão será destacado da PEC e levado para votação diretamente no plenário.
Além dos distritão, há propostas intermediárias, como o chamado distritão misto, que é uma mistura do novo modelo com o atual (cada um dos sistemas elegeria 50% das cadeiras).
Pelas contas de líderes partidários, a PEC teria entre 350 e 400 votos favoráveis. Os dois únicos partidos cujos presidentes ainda resistiriam à adoção do sistema são MDB e PSD.
No último, porém, há a expectativa de que o presidente da sigla, Gilberto Kassab, libere a bancada. Se isso acontecer, estimativas indicam que dois terços da bancada poderiam apoiar a proposta.
A Câmara trabalha com um cronograma de aprovação até o recesso parlamentar de julho. Com isso, o Senado teria em torno de dois meses para votar a proposta. A PEC precisa ser promulgada até outubro para que as regras já sejam aplicadas para o próximo ano.
Para passar, é preciso de ao menos 60% de apoio parlamentar em votação em dois turnos nas duas Casas -ou seja, ao menos 308 deputados e 49 senadores.
Nesta quarta, Renata Abreu enviou a líderes partidários um compilado com as emendas apresentadas por todos os partidos à PEC.
Também nesta quarta, a Câmara aprovou a urgência de um projeto que muda a lei dos partidos políticos para incluir a possibilidade de que partidos se reúnam em federação. Com isso, após a constituição e registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), essas legendas atuariam como uma agremiação partidária.
O projeto, já aprovado no Senado, estabelece que a federação de partidos tem de seguir as normas de funcionamento parlamentar e fidelidade partidária. Os partidos reunidos em federação, que terá abrangência nacional, deverão permanecer filiados à agremiação por, no mínimo, quatro anos.
A federação é um pleito das pequenas legendas, que têm dificuldade de superar a cláusula de barreira, que retira mecanismos de sobrevivência de siglas que não atinjam um mínimo de votos nas eleições.
Líder do PDT, o deputado Wolney Queiroz (PE) afirmou que o fim das coligações foi um avanço, mas que a federação é diferente. “A federação privilegia o entendimento e a afinidade ideológica entre os partidos e as legendas, por isso deve ser considerada”, disse.
“Acho que é uma opção importante podermos ter isso para o pleito de 2022. Nós aprovamos a federação e os partidos usam se quiserem, mas é importante ter essa opção partidária, para que os partidos possam ter um abrigo, possam ter um refúgio, possam ter uma possibilidade de sobrevivência de articulação nacional para se manterem vivos e atuantes.”
Fonte: Bahia Notícias
Do Novo ao PSOL, partidos expõem rachas com pré-candidaturas à Presidência em 2022
As piadas que exploram a ambivalência da palavra “partido” para descrever o clima em certas legendas andam em voga a um ano e três meses da eleição presidencial de 2022. Siglas da direita à esquerda vivem uma fase de multiplicação de pré-candidaturas e oposição de alas.
No episódio mais recente, o Novo anunciou o lançamento de João Amoêdo, que concorreu ao Planalto em 2018, como o escolhido para entrar na disputa, mas um grupo de filiados discordou e tentou emplacar o deputado federal Tiago Mitraud (MG), escancarando divergências internas.
No PSOL, o deputado federal Glauber Braga (RJ) apresentou sua pré-candidatura com o apoio de correligionários para se contrapor à corrente que descarta postulante próprio do partido em 2022 e defende apoio ao ex-presidente Lula, que se encaminha para ser o candidato do PT.
Em uma fase mais avançada, o racha no PSDB -expressão até batida do noticiário político- será resolvido com prévias, cujos detalhes começaram a ser definidos nesta semana. No quadro atual, o governador de São Paulo, João Doria, que há anos mira a Presidência, tem três adversários.
Presente, em maior ou menor grau, no entorno de praticamente todos os aspirantes ao cargo, a cisão partidária só não atinge o candidato à reeleição. E por uma razão óbvia: Bolsonaro se mantém sem filiação partidária, embora tenha sinalizado sua entrada no Patriota.
No caso do Novo, uma ala se rebelou contra o anúncio, feito no dia 1º, de que Amoêdo havia aceitado o convite feito por 36 dos 40 integrantes da convenção nacional para ser pré-candidato. O empresário e fundador do partido teve mais de 2,6 milhões de votos e ficou em quinto lugar.
Amoêdo, que declarou voto em Bolsonaro no segundo turno, mas agora se diz arrependido (faz oposição ao governo e defende o impeachment), foi fustigado por parlamentares federais da sigla, tidos como alinhados ao presidente e interessados em não romper com o eleitorado bolsonarista.
O motim levou a um impasse interno, exposto em redes sociais e mensagens internas vazadas à imprensa. Mitraud, que declarou não ter a intenção de concorrer, mas também não se opôs à articulação, precisaria de no mínimo 21 assinaturas em apoio a seu nome, o que não ocorreu.
O assunto foi discutido nos últimos dias em reuniões de cúpula do Novo, que, procurado, não se manifestou. Em 2020, um racha no partido culminou na revogação da candidatura de Filipe Sabará a prefeito de São Paulo, depois de elogios dele a Bolsonaro e suspeitas de irregularidades.
“Quando recebi o convite, a minha compreensão era a de que seria para ser o pré-candidato, não participar do processo seletivo com outros nomes”, diz Amoêdo. “O que entendo é que agora eles [dirigentes] estão vendo as etapas para formalizar o fechamento do processo de escolha.”
Envolvido na fabricação de uma terceira via, ele afirma não ter “fixação por ser candidato”, mas defende que o partido tenha representante para sentar à mesa de negociações. “O ruído é maior na largada. E isso é normal especialmente em um ambiente tão confuso quanto o que vivemos sob Bolsonaro”, avalia.
Mitraud afirma que a proposta de pré-candidatura estagnou diante da ausência de apoios suficientes e nega a pecha de bolsonarista atribuída à bancada. Uma das leituras é a de que os deputados teriam receio de perder votos da base de apoio do presidente em suas tentativas de reeleição em 2022.
“Acho que o Novo tem se apresentado como uma opção que continua representando o desejo de parte da população que votou em Bolsonaro em 2018 [em relação à agenda liberal], mas sem ser o Bolsonaro, sem arrastar aqueles problemas todos que ele simboliza”, diz o mineiro.
O ambiente também é de cisão no PSOL. Braga e o grupo de parlamentares que endossou o lançamento de sua pré-candidatura, em maio, distanciaram-se do núcleo do ex-presidenciável Guilherme Boulos, que é expoente da ala majoritária e entusiasta da negociação de uma aliança com Lula.
O líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que é pré-candidato a governador de São Paulo, defende a união da esquerda nos planos nacional e local.
A briga dos dissidentes é para que o PSOL recuse a aproximação de forças de centro-direita que estão sendo procuradas pelo petista. Pregam ainda que, como faz desde sua fundação, em 2004, o partido apresente um rosto para o pleito presidencial, com um projeto fiel a princípios da esquerda.
“O apoio à nossa pré-candidatura está só aumentando”, diz Braga. Ele tem a seu lado, inclusive, a deputada federal Luiza Erundina (SP), que foi vice na chapa de Boulos à Prefeitura de São Paulo em 2020.
“Se os outros partidos de esquerda tiverem uma candidatura com um programa de esquerda, a nossa pré-candidatura perde força, o que nos leva a abrir diálogo”, analisa o deputado. “Mas, se for uma candidatura para conquistar setores da direita, aí a nossa tese de candidatura própria vai se fortalecer.”
Oficialmente, o PSOL só debaterá os rumos eleitorais em seu congresso geral, marcado para setembro. Boulos não quis comentar o cenário de enfrentamento, mas tem negado que sua posição seja a de adesão automática a Lula. Para ele, tudo dependerá do tipo de acordo que estiver em jogo.
Alinhado a Boulos, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, afirma que a orientação aprovada pelo diretório da sigla é no sentido de “construir a unidade das esquerdas”.
“Isso não significa necessariamente que o PSOL irá compor alguma aliança. Essa questão será debatida democraticamente no congresso nacional, considerando o quadro como um todo e a situação dos partidos de esquerda”, diz o dirigente, que tem sido discreto para não acirrar ainda mais os ânimos.
No tucanato, que vive algo próximo de um plebiscito para ratificar ou não a pré-candidatura de Doria, a divisão é algo histórico. As prévias, em novembro, também devem contar com o governador Eduardo Leite (RS), o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio (AM).
“Partido é para isso, para ter disputa. Lá na frente a gente encontra uma convergência. É assim que se estabelece a democracia”, diz o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo. “Nós não somos ‘unido’, somos ‘partido'”, brinca.
Para o dirigente, os debates internos fortalecerão a base da sigla e terão interferência nula no esforço para romper a dicotomia Bolsonaro-Lula, que envolve agremiações como o próprio PSDB, o DEM e o Novo. “Para ir para o entendimento, precisamos de alguém que personifique o partido”, diz Araújo.
O DEM, que trabalha com o nome do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, também busca uma solução para unificar a legenda, que implodiu após a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados e vem perdendo quadros importantes, em meio a confrontos de caciques.
“No momento certo vai se oficializar a pré-candidatura, de forma organizada. Não tem que ser agora”, contemporiza Mandetta. “Todos os partidos têm as suas peculiaridades e complexidades. É natural que haja pessoas com diferentes visões, mas isso vai se depurando, vai clareando.”
Outro nome do DEM, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), também é mencionado nas listas de presidenciáveis, mas como um projeto do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que gostaria de ver o senador disputando a cadeira por sua legenda. Pacheco, até aqui, rechaça a hipótese.
No caso do PDT, que está na corrida presidencial com a pré-campanha de Ciro Gomes, a fratura até agora se apresentou não na forma do lançamento de outra pré-candidatura, mas na discordância com a estratégia do ex-ministro de atacar Lula para acenar ao público mais à direita.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) disse que o alvo deveria ser o atual mandatário, em vez do petista. “Ciro não vai conquistar os votos de [eleitores de] Bolsonaro. Ele pode conquistar os votos dos 40% de indecisos, e para isso não precisa atacar Lula.”
Ciro gosta de falar que sua candidatura é uma questão pacificada no PDT. Para o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, as queixas sobre a postura contrária a Lula são isoladas. “É direito de cada um questionar. Mas Ciro faz a crítica substantiva, pontua diferenças programáticas e aponta erros”, diz.
PARTIDOS SE DIVIDEM NAS DEFINIÇÕES SOBRE 2022
Novo
Anunciou pré-candidatura de João Amoêdo, mas deputados federais se rebelaram e tentaram emplacar Tiago Mitraud
PSOL
Glauber Braga se lançou pré-candidato para fazer frente à possibilidade de a sigla abrir mão de ter candidato próprio e apoiar Lula
PSDB
Tem prévias agendadas para novembro, com disputa entre João Doria, Eduardo Leite, Tasso Jereissati e Arthur Virgílio
DEM
Trabalha com a pré-candidatura de Luiz Henrique Mandetta e vê Rodrigo Pacheco ser assediado para sair candidato pelo PSD
PDT
Ciro Gomes não enfrenta outra pré-candidatura interna, mas estratégia de criticar Lula desagrada a parte dos correligionários
Fonte: Bahia Notícias
Ala pró-Lula cresce dentro do PSOL, afirma jornalista
Segundo o jornalista Miguel do Rosário, o grupo liderado por Guilherme Boulos e Juliano Medeiros cresce dentro do PSOL e defende unidade em torno da candidatura do ex-presidente Lula
O jornalista Miguel do Rosário, do portal O Cafezinho, destacou reportagem do Estado de S.Paulo, o grupo político liderado por Guilherme Boulos e por Juliano Medeiros no PSOL defende que a legenda apoie a candidatura do ex-presidente Lula. Por isso, o jornalista ressaltou que “a ala pró-Lula cresce dentro do PSOL”.
“Esse grupo hoje já possui hegemonia dentro do partido, e Boulos trabalha para ampliar essa tendência, com a filiação de militantes sem-teto em várias cidades”, afirma. “Boulos formou uma corrente no PSOL chamada Revolução Solidária, mais alinhada com essa linha de aproximação com o PT, que tem apoio da Primavera Socialista, a mesma de Juliano Medeiros e Ivan Valente”, ressaltou.
O jornalista destacou que “seria um erro achar, hoje, que o PSOL é uma legenda pequena, cujas decisões não afetarão o grande jogo político para 2022”. “Em 2020, foi o partido de esquerda que mais registrou crescimento nos legislativos municipais, uma tendência que vem se repetindo há várias eleições”, argumentou.
Miguel do Rosário, no entanto, lembrou que existem setores do PSOL que são contrários ao apoio à candidatura de Lula no primeiro turno. “Há o Movimento Esquerda Socialista (MES), ao qual pertence a deputada federal Samia Bonfim (SP)” e a ex-candidata à presidência Luciana Genro.
“O MES lançou a pré-candidatura do deputado federal Glauber Braga à presidência da República”, conclui o jornalista.
USP autoriza virologista do gabinete paralelo e alvo da CPI da Covid a morar 2 anos no Canadá
Decisão foi tomada nesta quarta, após Paolo Zanotto pedir afastamento remunerado para lecionar no British Columbia Institute of Technology
Caio Barbieri, Metrópoles – A diretoria do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) informou que o pedido de afastamento remunerado solicitado pelo virologista Paolo Marinho de Andrade Zanotto para atuar como professor visitante no British Columbia Institute of Technology (BCIT), no Canadá, foi aprovado pela maioria dos membros do Conselho Técnico-Administrativo (CTA). A reunião foi realizada nesta quarta-feira (9/6). O caso foi antecipado pela coluna Janela Indiscreta.
O biólogo, com mestrado e doutorado em virologia, virou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 após aparecer em vídeo revelado pelo Metrópoles sobre a existência de um “ministério paralelo”, criado para orientar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a gestão da pandemia no país. Com a autorização, o especialista pode deixar o país a partir do dia 1º de agosto.
Leia a íntegra no Metrópoles.
Com informações do 247
Ministério da Saúde impõe sigilo de 10 anos sobre segundo contrato com a Pfizer, que é mais caro do que o primeiro
O Ministério da Saúde, comandado por Marcelo Queiroga, impôs sigilo de 10 anos sobre os documentos do segundo contrato para comprar vacinas da Pfizer. O contrato custou quase R$ 1 bilhão a mais do que o primeiro, apesar da quantidade de doses ser a mesma, 100 milhões
O Ministério da Saúde impôs sigilo de 10 anos sobre os documentos do segundo contrato para comprar vacinas da Pfizer, segundo o portal O Antagonista. O contrato custou quase R$ 1 bilhão a mais do que o primeiro, apesar da quantidade de doses ser a mesma, 100 milhões.
Através da Lei de Acesso à Informação, O Antagonista pediu ao ministério os pareceres que embasaram a dispensa de licitação para a segunda compra das vacinas. A pasta respondeu, nesta quarta-feira, 9, que os documentos “encontram-se com restrição no acesso”, conforme obrigações de confidencialidade assinadas com a farmacêutica, informa a reportagem.
“As referidas cláusulas impõem confidencialidade das informações por 10 (dez) anos após o vencimento ou a rescisão do mencionado contrato, em consonância com o preconizado no artigo 22 da Lei 12.527/2011, a Lei de Acesso à Informação”, acrescentou a secretária-executiva do ministério.
“Ressalta-se que as cláusulas de confidencialidade foram condições impostas pelas farmacêuticas para assinatura dos contratos, havendo previsão que possibilita a não entrega das vacinas, caso as informações sigilosas sejam publicizadas, podendo levar, em último caso, à própria rescisão contratual por parte das aludidas farmacêuticas”.
Bolsonaro recusou vacina quando a Pfizer venderia ao Brasil com 50% de desconto
Jair Bolsonaro ignorou proposta da Pfizer de vender a vacina contra a Covid-19 por US$ 10 a dose, quando o valor chegava a US$ 20 em outros países.
O governo de Jair Bolsonaro considerou caro o preço cobrado pela Pfizer e deixou de comprar em agosto de 2020 até 70 milhões de doses, que poderiam ter sido entregues pela farmacêutica a partir de dezembro.
A vacinação antecipada teria evitado mortes e os prejuízos bilionários provocados pelo fechamento da economia.
Com o atraso nos contratos, as primeiras doses da Pfizer só chegaram ao Brasil em abril. Oito meses se passaram entre a primeira oferta e a entrega.
Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, considerou a proposta da Pfizer como “agressiva” e disse que o preço da dose por US$ 10 era muito caro, valor pelo qual meses depois o próprio Pazuello autorizou comprar.
Lula vence Bolsonaro no 2º turno com 11 pontos de vantagem, mostra pesquisa
Levantamento do PoderData, divulgado nesta quarta-feira (9), aponta o ex-presidente Lula com 48% de intenções de voto, contra 37% de Jair Bolsonaro
Pesquisa PoderData sobre as eleições presidenciais de 2022, divulgada nesta quarta-feira (9), mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vence Jair Bolsonaro no segundo turno com 11 pontos percentuais de vantagem, por 48% a 37%.
Segundo levantamento, feito por telefone, no primeiro turno, os dois candidatos aparecem tecnicamente empatados, com Bolsonaro com 33% contra 31% de Lula.
A pesquisa, em parceria com o Grupo Bandeirantes, ouviu 2.500 pessoas por telefone, entre os dias 7 e 9 de junho, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.