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por Fábio Zanini | Folhapress

A filiação de Geraldo Alckmin ao PSB é parte de um pacote que inclui uma mudança profunda no partido, que quer passar a ser visto como uma legenda próxima do centro, embora traga a palavra “socialista” no nome.
No mês que vem, a sigla realizará em Brasília um congresso em que deve aprovar um novo programa partidário.
“A ideia é que o partido fique mais parecido com a social-democracia europeia e menos preso a conceitos como a estatização dos meios de produção”, diz o governador do Maranhão, Flávio Dino.
Segundo ele, já ficou demonstrado em diversos países do mundo que quem melhor combate o extremismo ideológico são os centristas. “Será um partido que toca na questão nacional, com muita ênfase na distribuição de renda”, afirma Dino.
O congresso terá como lema o “socialismo criativo”, mais conectado com novos temas, como a economia criativa, formas inovadoras de comunicação e o meio ambiente.
A própria chegada ao partido de Alckmin é parte desse processo de arejamento. “É o resgate da tese da frente ampla, que expressa o campo da Constituição de 1988 e une a centro-esquerda e a centro-direita, representada pelo Alckmin”, diz o governador.
Segundo Márcio França, ex-governador de São Paulo, Alckmin vai se sentir “totalmente à vontade” no novo PSB. Uma das mudanças a serem anunciadas é a defesa pelo partido da implantação do parlamentarismo, sistema que historicamente é associado ao PSDB, de onde o ex-governador acaba de sair.

Fonte: Bahia Notícias