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Podemos já considera Sérgio Moro seu candidato a presidente e tenta ressuscitar o lavajatismo

Condenado no STF pela parcialidade contra o ex-presidente Lula, Sérgio Moro já é tratado pela presidente do Podemos, Renata Abreu, como o nome da sigla para disputar o Planalto em 2022. A legenda, agora, tenta ressuscitar o lavajatismo, que teve diversas práticas anticonstitucionais comprovadas pela Vaza Jato

247 – Condenado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela parcialidade contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-juiz Sérgio Moro passou a ser considerado pelo Podemos como o candidato da sigla à presidência da República em 2022. De acordo com informações publicadas pela coluna de Guilherme Amado, a presidente do Podemos, Renata Abreu, tem anunciado o ex-juiz como o nome da sigla em 2022.

O ex-ministro está morando nos Estados Unidos e desembarcou no Brasil no mês passado para conversas com lideranças sobre o cenário eleitoral do próximo ano.

Depois de tirar o ex-presidente Lula da eleição de 2018, Moro aceitou o convite da equipe do atual governo, na campanha eleitoral daquele ano. Depois foi ser ministro da Justiça. Deixou o cargo em abril do ano passado, apontando crime de responsabilidade de Jair Bolsonaro, ao denunciar a tentativa de interferência na Polícia Federal.

O ex-juiz ficou conhecido pelo julgamento dos processos em primeira instância da Lava Jato, mas cometeu diversas irregularidades durante a operação. De acordo com denúncias publicadas pelo Intercept Brasil, ele agia como uma espécie de assistente de acusação, o que feria a equidistância entre quem julga e quem acusa – as ilegalidades comprovadas ficaram conhecidas como vaza Jato.

Após autorização do STF, a defesa do ex-presidente Lula teve acesso a diálogos apontando que, em uma das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016, o então magistrado pergunta se os procuradores têm uma “denúncia sólida o suficiente”.

Em 28 de abril de 2016, o então coordenador da Lava Jato, Deltan Dalla­gnol, avisou à procuradora Laura Tessler que Moro o havia alertado sobre a falta de uma informação na denúncia de um réu — Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobras para a construção de plataformas de petróleo.

Uma reportagem do jornal francês Le Monde, publicada em abril deste ano, mostrou que Moro esteve a serviço dos Estados Unidos quando atuava na Lava Jato.

Houve mais irregularidades. Os procuradores Deltan Dallagnol e Vladimir Aras não entregaram nomes de pelo menos 17 americanos que em 2015 estiveram em Curitiba (PR) sem o conhecimento do Ministério da Justiça, uma demonstração da influência dos EUA sobre a Lava Jato.

247

Diretor da PF troca diretor do órgão em Brasília, responsável por investigações sobre fake news, Jair Renan e espiã do STF

Troca no comando da PF em Brasília foi feita pelo diretor-geral da Polícia Federal, o bolsonarista Paulo Maiurino. O delegado Hugo de Barros Correia era responsável por conduzir investigações consideradas sensíveis ao governo Jair Bolsonaro

247 – O diretor-geral da Polícia Federal, o bolsonarista Paulo Maiurino, decidiu mudar a chefia da superintendência  da corporação no Distrito Federal. O superintendente, Hugo de Barros Correia, estava há menos de cinco meses no cargo e era responsável por conduzir investigações sensíveis ao governo Jair Bolsonaro.

Dentre os inquéritos que correm no órgão estão os casos relacionados ao inquérito das fake news e sobre a organização de atos antidemocráticos, sob relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O órgão também é responsável pelas apurações sobre os negócios de Jair Renan, filho do ex-capitão, e da ex-estagiária do STF Tatiana Marques de Oliveira Garcia Bressan, supeita de repassar informações do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski para o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, as críticas da cúpula da PF ao trabalho de Correia teriam começado ainda nos primeiros dias de sua gestão à frente do órgão, quando foi deflagrada uma operação contra Ricardo Salles, então ministro do Meio Ambiente, com supostas falhas de apuração e pela ausência de necessidade de divulgação das medidas judiciais cumpridas, considerada uma praxe pela instituição.

A gota d’água, porém, teria sido a operação contra Tatiana Marques, deflagrada na última quinta-feira (7), que não teria sido comunicada à direção-geral da PF.

Dirigentes do Psol dizem que apoio a Lula em 2022 não está garantido

Partido pretende condicionar apoio ao ex-presidente a reciprocidade em São Paulo, em torno da candidatura de Guilherme Boulos, e a compromissos na agenda econômica

247 – “Dirigentes do PSOL afirmam que o apoio do partido a Lula ainda não está garantido —embora o PT já considere a adesão como favas contadas. Há pedras ainda no caminho, dizem psolistas. Algumas delas seriam programáticas: o PSOL quer que Lula incorpore a seu programa propostas como a taxação das grandes fortunas e a revogação do teto de gastos”, informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo.

“A outra seria o eventual apoio dos petistas a candidaturas do partido em alguns estados —como a de Guilherme Boulos em São Paulo. O PT, no entanto, já está em pré-campanha pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT-SP)”, prossegue.

247

Michelle e Flávio Bolsonaro direcionaram mais de R$ 50 milhões em publicidade e patrocínio da Caixa

Michele Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (Foto: Divulgação)

O senador Flávio Bolsonaro seria o responsável pelo direcionamento de cerca de 57% dos R$ 87,5 milhões investidos pelo banco em patrocínios entre janeiro e agosto de 2021. A primeira-dama aplicou o direcionamento de patrocínios em ONGs

247 – A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) atuaram em um esquema que direcionou mais de R$ 50 milhões em verbas de publicidade e patrocínio da Caixa Econômica Federal (CEF). O parlamentar seria o responsável pelo direcionamento de cerca de 57% dos R$ 87,5 milhões investidos pelo banco em patrocínios entre janeiro e agosto de 2021. A primeira-dama aplicou o direcionamento de patrocínios em Organizações Não Governamentais (ONGs) que têm ligação com igrejas evangélicas. A informação foi publicada pela revista Crusoé.

Um dos beneficiados pelo direcionamento de recursos foi a Confederação Brasileira de Ginástica, presidida por Maria Luciene Cacho Resende e representada por Ricardo Cacho Resende, filho dele e amigo de Flávio. A entidade recebeu patrocínio de R$ 30 milhões, o maior repassado pela entidade neste ano.

No caso de Michelle, a primeira-dama aplicou o direcionamento de patrocínios em ONGs que têm ligação com igrejas evangélicas.

A Associação Beneficente Criança Cidadã, por exemplo, recebeu R$ 1,75 milhão em 2019 e R$ 2,2 milhões em abril deste ano. O primeiro deles foi creditado um mês após encontro de Myrna Salsa da Nóbrega Targino, presidenta da ONG, com Michele, em novembro de 2019.

Em troca, a primeira-dama recebeu o título de “madrinha” da entidade.

247

OMS recomenda pela primeira vez na história uma vacina contra a malária

Lordina Dadzie, de seis meses de idade, recebe uma dose da vacina RTS,S contra a malária na clínica Breman-Amanfopong, em Gana, em 2019. WHO / FRANCIS KOKOROKO

O imunizante RTS,S é seguro e tem uma eficácia em torno de 40%, por isso foi aprovado para utilização em larga escala como método complementar de prevenção. A malária causa cerca de 400.000 mortes anuais, a maioria de crianças africanas menores de cinco anos

A comunidade científica buscou uma vacina contra a malária durante mais de 100 anos. Essa busca envolveu milhões de dólares e milhões de horas de trabalho de cientistas e epidemiologistas de todo o mundo, mas agora é uma realidade: pela primeira vez, uma vacina obteve a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ser aplicada em larga escala, podendo, portanto, ser acrescentada —não substituir— ao pacote básico de medidas preventivas e de diagnóstico. Trata-se da RTS,S / AS01 da farmacêutica GlaxoSmithKline, com o nome comercial de Mosquirix, e fez história nesta quarta-feira.

“Comecei minha carreira como pesquisador da malária e ansiava pelo dia em que teríamos uma vacina eficaz contra essa antiga e terrível doença. Hoje é esse dia: um dia histórico. A tão esperada vacina para crianças é um grande avanço para a ciência, para a saúde infantil e para o controle da doença”, disse o diretor-geral da OMS, o doutor Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva nesta quarta-feira. “Seu uso, além das ferramentas de prevenção existentes, poderá salvar dezenas de milhares de vidas dos mais jovens a cada ano.”

O imunizante recomendado agora pela OMS atua contra o parasita Plasmodium falciparum, transmitido para o ser humano através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, que é o mais mortífero do mundo e prevalece na África subsaariana. Em 2019 ocorreram 409.000 mortes por malária, 94% delas nesse continente, onde as crianças são as principais vítimas: mais de 260.000 africanos menores de cinco anos morrem a cada ano devido a essa doença parasitária que infecta cerca de 200 milhões de pessoas anualmente.

“A malária assola a África subsaariana há séculos, causando um enorme sofrimento pessoal”, disse a doutora Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para a África. “A recomendação de hoje oferece um raio de esperança para o continente, que carrega o maior fardo da doença”, acrescentou. A partir de agora, a posição da OMS é a de que, no contexto do controle integral dessa patologia, seja utilizada a vacina RTS,S para a prevenção da malária causada pelo P. falciparum nas crianças que vivem em regiões de transmissão moderada a alta. O imunizante deverá ser administrado em quatro doses em crianças a partir dos cinco meses de idade.

“Esta é uma vacina desenvolvida na África para crianças africanas e com cientistas africanos. Este campo de pesquisa está repleto de esforços fracassados, e agora temos uma que demonstrou sua capacidade de prevenir doenças e mortes”, destacou a doutora Kate O’Brien, diretora do Departamento de Imunização da OMS, em uma sessão informativa virtual na segunda-feira. Pedro Alonso, diretor do Programa Mundial de Malária da mesma organização, também ressaltou o quanto esta descoberta é extraordinária: “Não temos vacinas contra a filariose, a oncocercose, a doença do verme-da-guiné ou qualquer protozoário porque, do ponto de vista biológico, eles são incrivelmente complexos. Do ponto de vista científico, este é um grande avanço”.

Depois de três décadas de pesquisas para esta vacina, depois de ela se mostrar segura e eficaz em ensaios clínicos, e depois da avaliação positiva da Agência Europeia de Medicamentos em 2015, a OMS patrocinou um programa piloto para fornecê-la em áreas selecionadas do Quênia, Gana e Malawi. O programa começou em 2019 com uma campanha liderada pelos Ministérios da Saúde de cada país. “Foram eles que levantaram a mão para dizer: ‘Gostaríamos de ser um dos países para testar a introdução deste produto’. Isso realmente mostra o intenso desejo de ter uma ferramenta adicional de prevenção”, assinalou O’Brien.

Financiada com 70 milhões de dólares pela Aliança Global de Vacinas (Gavi), pelo Fundo Mundial de Luta Contra a Aids, Tuberculose e Malária e pela Unitaid, a campanha começou com o objetivo de avaliar várias questões pendentes: a viabilidade de administrar as quatro doses recomendadas, seu papel na redução da mortalidade infantil e sua segurança no contexto do uso rotineiro. “Houve alguns sinais um pouco desconcertantes na fase três do ensaio clínico, e por precaução foi importante esclarecê-los, mesmo pensando serem casos fortuitos”, disse O’Brien, porque no maior ensaio as crianças que receberam a RTS,S tiveram um risco 10 vezes maior de sofrer meningite do que as que receberam apenas uma dose de controle. “Através de uma análise muito cuidadosa, ficou demonstrado que esses eventos não tiveram relação com sua administração”, afirmou a médica.

Dois anos depois, os resultados desse programa piloto foram avaliados pelos principais órgãos consultivos da OMS nessa área: o Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE) e o Grupo Consultivo de Políticas sobre Malária (MPAG). Eles concluíram que os resultados foram suficientemente positivos para recomendar o uso em larga escala da vacina. Nesse período, mais de 2,3 milhões de doses foram administradas através dos programas de imunização rotineiros de cada país. Mais de 800.000 crianças receberam ao menos uma dose.

Os dados coletados nos últimos dois anos demonstram que a RTS,S é segura, reduz significativamente as formas graves da doença —que são potencialmente fatais— e também que ela pode ser administrada com eficácia em ambientes de vacinação infantil da vida real, inclusive em tempos de pandemia, como demonstrado desde o início de 2020, em meio à covid-19.

Dada sua eficácia parcial, de 36% em crianças a partir dos cinco meses de vida, essa imunização não foi planejada como um remédio único, mas sim como uma ferramenta complementar que ajudará a diminuir a mortalidade infantil. “Uma redução dessas pode se traduzir em dezenas de milhares de vidas salvas a cada ano”, ressaltou a doutora Mary Hamel, líder do Programa de Implementação da Vacina contra a Malária.

A OMS também destacou que a RTS,S aumenta a equidade no acesso a medidas preventivas, pois os dados do programa piloto demonstram que, nesse período, mais de dois terços das crianças dos três países que não dormem sob redes mosquiteiras —uma das ferramentas mais eficazes— foram beneficiadas pela imunização. Ao todo, mais de 90% das crianças contaram com pelo menos uma ferramenta de prevenção. A OMS também não constatou nenhum impacto negativo na interação com outras vacinas infantis.

Após esta recomendação, durante os próximos seis meses será iniciada uma busca de parceiros financeiros, enquanto os países interessados começarão a planejar como introduzir esta ferramenta em seus programas. “Nada dramático chegará às crianças africanas nos próximos seis meses, mas é o momento de tomar decisões críticas que permitirão que isso aconteça em um futuro não muito distante”, sugeriu Alonso. Em um comunicado conjunto, o Fundo Mundial, a Unitaid e a Gavi comemoraram esta notícia e anunciaram que estudarão como financiar um novo programa de vacinação.

Ar fresco para uma luta estagnada

A luta contra a malária durante a primeira parte do século XXI conheceu uma era dourada graças ao desenvolvimento e implementação de algumas ferramentas-chave de prevenção, como as redes mosquiteiras, os tratamentos combinados com artemisinina, os exames de diagnóstico rápido e a inclusão da luta contra essa doença como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A criação do Fundo Mundial e de agências bilaterais também permitiu ter recursos financeiros suficientes. Tudo isso conseguiu evitar mais de sete milhões de mortes e mais de 1,5 bilhão de casos.

No entanto, nos últimos cinco anos o avanço estagnou. Em inúmeras ocasiões, a OMS alertou que, com as ferramentas e os recursos financeiros disponíveis, não era possível continuar avançado. Neste contexto, a aprovação da organização é uma decisão histórica. “É um momento extraordinariamente emocionante”, assinalou Alonso.

Inovações a caminho

A RTS,S é a primeira vacina a obter a recomendação da OMS, mas há outras. Em maio, a Universidade de Oxford anunciou que o imunizante que ela está desenvolvendo teve 77% de eficácia nos resultados preliminares de seu ensaio clínico, que entrará agora na fase 3 para que continuem sendo exploradas suas capacidades. Também neste ano, o laboratório alemão BioNTech anunciou o início dos ensaios clínicos de uma vacina “segura e muito eficaz” com RNA mensageiro até o final de 2022. Nos Estados Unidos, uma equipe científica infectou 56 voluntários e comprovou que o tratamento posterior com um medicamento induz uma proteção de até 100% contra o microrganismo. “Esta [vacina] não pode ser a definitiva. Ela é realmente importante, mas esperamos que demonstre que podem ser desenvolvidas vacinas contra a malária e que estimule a busca de outras que complementem esta ou que a superem”, concluiu, esperançoso, o doutor Alonso.

EP

Presidente da ANS cede a pressão e promete à CPI intervir na Prevent Senior

Paulo Rebello Filho diz em depoimento que a Agência Nacional de Saúde só soube das denúncias contra a operadora pela CPI da Pandemia. Ele foi assessor do deputado Ricardo Barros, um dos alvos da comissão

O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho, afirmou nesta quarta-feira, na CPI da Pandemia, que a agência vai acompanhar de perto os processos referentes à Prevent Senior sobre o enfrentamento do coronavírus. A operadora é investigada pela comissão sob suspeita de prescrever indiscriminadamente a seus beneficiários o kit covid, que contém drogas que não funcionam contra o vírus, e de omitir a doença como causa de morte de atestados de óbitos. Segundo ele, a ANS enviará um diretor técnico para acompanhar os fluxos e processos da rede privada de saúde “a partir do dia 14″ próximo. “Ele vai estar lá na operadora solicitando informações, corrigindo fluxos, estabelecendo metas junto à operadora e acompanhando esses indícios de irregularidades apontados pela CPI e apontando todas essas informações à ANS”, explicou Rebello aos senadores.

Em uma sessão esvaziada e ironizada pelo presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM), que afirmou que Rebello “está só”, e que os governistas só enchiam a sala quando o convidado era o empresário Luciano Hang, os senadores suspeitavam que a Prevent Senior havia sido blindada pela ANS. De fato, Rebello diz que só tomou conhecimento das denúncias envolvendo a operadora por meio da CPI e que, por isso, não abriu investigação antes. Mas a história não colou. “Vossa senhoria deve ter dentro de sua estrutura uma assessoria de imprensa muito boa. Não me convence que só tenha tomado conhecimento depois da CPI, porque blogs e jornais já denunciavam a Prevent Senior desde março”, disse o senador Otto Alencar (PSD-BA), ao afirmar que não ficou “convencido” com as explicações de Rebello.

EP

Zuckerberg: “Não é verdade que para nós o lucro esteja acima do bem-estar dos usuários”

Mark Zuckerberg numa entrevista coletiva na Universidade Georgetown, em Washington, em 2019. ANDREW CABALLERO-REYNOLDS (AFP)

Fundador do Facebook responde com um texto na sua página pessoal às acusações da ex-funcionária: “De tudo o que foi publicado, o que mais me preocupa é a parte relativa à infância”

Foi preciso um mês inteiro de revelações jornalísticas e uma audiência no Senado dos Estados Unidos para que Mark Zuckerberg finalmente viesse a público, no final da noite de terça, para responder às acusações feitas ao Facebook pela ex-funcionária Frances Haugen, engenheira de informática que deixou a empresa em maio levando consigo dezenas de milhares de documentos internos que demonstram as más práticas da rede social. “Difundiu-se a ideia de que colocamos os lucros da empresa acima do bem-estar das pessoas. Isso simplesmente não é verdade”, escreveu o executivo-chefe do Facebook numa comunicação interna dirigida inicialmente aos seus funcionários, mas que ele quis “compartilhar com todo mundo” através da sua página pessoal. “Estou certo de que muitos de vocês não reconheceram a empresa onde trabalham em tudo o que foi dito nos últimos dias. Porque sabem que nos preocupamos profundamente com a segurança, o bem-estar das pessoas e sua saúde mental”.

As denúncias chegaram nesta terça-feira ao Senado dos EUA, onde foram recebidas com unânime preocupação pelos legisladores democratas e republicanos, aparentemente unidos na necessidade de aumentar a regulação sobre as redes sociais. Os documentos de Haugen pintam um panorama segundo o qual Zuckerberg e os seus executivos não fazem o suficiente para impedir a difusão da desinformação, do discurso de ódio e da propaganda antivacina, porque a reação esses a conteúdos que inflamam os ânimos dos usuários causa uma dependência e a necessidade de passar mais tempo em seus aplicativos. E quanto mais tempo o usuário passa, maior a rentabilidade para a companhia. “O argumento de que promovemos deliberadamente conteúdo que enfurece as pessoas com finalidades de lucro carece de lógica”, diz Zuckerberg em seu comunicado, no qual não se refere à ex-funcionária pelo nome. “Nosso faturamento provém dos anúncios, e os anunciantes nos advertem constantemente de que não querem aparecer junto a conteúdos agressivos.”

As revelações da denunciante do Facebook – que permaneceu anônima até revelar sua identidade no programa 60 Minutes desta semana – demonstram também que a rede social tem em mãos estudos mostrando que seu ecossistema leva meninas e adolescentes a “pensamentos suicidas e transtornos alimentares” sem que ninguém faça nada para impedir. “De tudo o que foi publicado, o que mais me preocupa é a parte relativa à infância”, responde o fundador da empresa tecnológica, que tem mais de 3,5 bilhões de usuários, 60% da população mundial com acesso a internet. “Refleti muito sobre que tipo de experiências eu gostaria para os meus filhos, e acredito que seja crucial construir um entorno seguro e bom para a infância. É inegável que as crianças usam tecnologia, e queremos liderar esse mercado mantendo-os a salvo, como demonstramos com [o serviço de mensagens] Messenger Kids, que está provado que é melhor opção a alternativas oferecidas pela concorrência”.

Em seu texto, Zuckerberg cita como exemplo desse compromisso o fato de o Facebook ter “interrompido temporariamente” na semana passada, em plena tempestade causada pelas revelações de Haugen, o lançamento de um serviço do Instagram para crianças (a plataforma não permite que menores de 13 anos abram contas). Segundo os dados citados pelo fundador do Facebook, proprietário também do Instagram, as adolescentes se deparam na rede social “com os mesmos problemas que qualquer garota da sua idade sempre teve”.

O magnata responde em seu texto à audiência do Senado, em que os partidos defenderam uma regulamentação das redes sociais como já existe com o tabaco. “Não acredito que as empresas privadas devam tomar todas as decisões por si mesmas”, escreve Zuckerberg, que na segunda-feira viu seu império desmoronar como um castelo no ar durante as cinco horas em que o Facebook, o Instagram, o WhatAapp e o Oculus ficaram fora do ar – por uma falha humana, segundo as primeiras investigações. “Pedimos essas regulações há vários anos. Depus no Congresso várias vezes e insisti para que atualizem as normas. Tenho escrito artigos de opinião que descrevem as áreas legislativas que acreditamos serem as mais importantes com relação aos processos eleitorais, o conteúdo nocivo, a privacidade e a concorrência”, afirmou.

“Sei que é frustrante ver como se prejudica o bom trabalho que fazemos”, conclui o texto de Zuckerberg, “especialmente daqueles que trabalham em segurança, integridade, pesquisa e produtos. Mas acredito que, em longo prazo, se continuarmos tentando fazer o que é certo e oferecendo experiências que melhorem a vida das pessoas, será melhor para nossa comunidade e para o nosso negócio”.

EP

MCom publica Portaria que regulamenta instalação de estação transmissora em município vizinho ao da sede da outorga

O Ministério das Comunicações (MCom) publicou, na manhã desta quarta-feira (6), a Portaria nº 3.801, que atualiza normas técnicas e revisa o texto de outras portarias. Entre os assuntos que foram abordados, estão a possibilidade de instalação do parque de transmissão em município vizinho ao da sede da outorga e o período mínimo de dois anos para promoção de classe de forma gradual para entidades com licença de funcionamento da estação emitida após 13 de abril de 2021, entre outros temas.

Pedro Castillo força seu primeiro-ministro a renunciar após 69 dias de Governo no Peru

Pedro Castillo e Guido Bellido, juntos em 29 de julho passado. ANGELA PONCE (REUTERS)

O presidente decide pela mudança de Guido Bellido “a favor da governabilidade” após vários confrontos em seu Gabinete

O presidente do Peru, Pedro Castillo, impôs nesta quarta-feira a renúncia de seu primeiro-ministro, Guido Bellido. Em mensagem à Nação, o presidente ratificou o compromisso do seu Governo com o investimento privado e com a resolução dos problemas de “saúde, fome e pobreza”, e na sequência anunciou a saída do político “a favor da governabilidade”. Bellido representava no gabinete a posição do político de esquerda radical Vladimir Cerrón, líder do partido com o qual Castillo chegou à presidência, e havia gerado inúmeros confrontos internos nos dois meses de sua vida no Executivo. Com esse movimento, Castillo parece querer bater na mesa diante daqueles que duvidam de quem realmente detém o poder no Governo: o presidente ou o próprio Cerrón, por meio do primeiro-ministro.

A última altercação ocorreu na semana passada. O primeiro-ministro tuitou uma mensagem dirigida ao consórcio que opera o maior campo de gás do país, para avisá-los de que, se não concordassem em renegociar o percentual que pagam ao Estado, o Governo nacionalizaria ou recuperaria o recurso. Com a ameaça, o primeiro-ministro dilapidou em poucas horas a confiança empresarial que Castillo conquistara dias antes em uma visita aos Estados Unidos, onde se reuniu com presidentes executivos de mineradoras e farmacêuticas, convidando-os a manter seus investimentos e oferecendo garantias de estabilidade, e com os presidentes do Banco Mundial e do BID. A taxa de câmbio atingiu seu máximo histórico na última semana, com 4,12 soles por dólar.

O primeiro-ministro também convidou publicamente o ministro das Relações Exteriores, Oscar Maúrtua, a renunciar depois que o vice-chanceler comentou que o Peru não reconhecia nenhuma autoridade legítima na Venezuela desde janeiro. O congressista do Peru Libre compartilha da posição ortodoxa de esquerda de Cerrón a favor do Governo de Nicolás Maduro. Na sexta-feira à noite, em uma reunião de três horas no Palácio do Governo, mais da metade dos ministros questionou os anúncios de Bellido sobre questões que não haviam sido previamente tratadas ou debatidas no gabinete.

Em sua mensagem à nação, Castillo reiterou que, conforme anunciou em sua passagem pelos Estados Unidos, ratifica o compromisso do Governo com o investimento privado, para que opere “sem corrupção e com responsabilidade social”. “Pelo compromisso do meu Governo de abordar como prioridade os grandes problemas que o país tem —saúde, fome, pobreza—, decidi tomar algumas decisões a favor da governabilidade”, acrescentou em mensagem televisiva na qual questionou a maneira de fazer política do Bellido, embora tenha lhe agradecido por seus serviços.

“O equilíbrio de poderes é a ponte entre o Estado de direito e a democracia, deve garantir a tranquilidade e a coesão do Governo. A interpelação, a questão da confiança e da censura não devem ser utilizadas para criar instabilidade política. O Peru espera muito de suas autoridades, é hora de colocar o Peru acima das ideologias e posições isoladas“, disse o professor rural e sindicalista de esquerda.

Castillo anunciou que um novo gabinete será empossado nesta noite. A imprensa peruana antecipa que o substituto de Bellido será a advogada de Cajamarca Mirtha Vásquez, ex-presidente do Congresso entre novembro e julho. Vásquez também é defensor dos direitos humanos há mais de uma década e político moderado de esquerda.

A primeira reação da oposição veio da presidenta do Congresso, María del Carmen Alva, que apoiou a decisão do chefe de Estado. “Após vários dias de incerteza desnecessária e ministros altamente questionados, saudamos a decisão do presidente Castillo de mudar o Gabinete ministerial”, tuitou. Bellido retornará ao seu assento na bancada parlamentar do Peru Libre.

Desde que Bellido chegou ao Governo, gerou desconforto na elite política e econômica por sua falta de experiência na gestão pública, mas também porque o consideravam o representante de Cerrón no Governo. Alguns analistas duvidaram de quem realmente tinha poder: se o presidente Castillo ou Cerrón, por meio do primeiro-ministro. A fratura dentro do Gabinete também ficou clara desde o primeiro dia. Em julho, a posse de dois ministros teve de ser adiada quando se soube que Bellido lideraria o Gabinete. Pedro Francke, ministro da Economia, e Aníbal Torres, ministro da Justiça e Direitos Humanos, pediram a Castillo garantias de que Cerrón não interviria nos assuntos do Gabinete.

Esta é a segunda baixa no Gabinete em 69 dias. Dezenove dias após a posse como chanceler, o Governo pediu a demissão do sociólogo e escritor Héctor Béjar, após a polêmica que gerou devido as declarações que fez antes do mandato como ministro. Béjar comentou em um chat na internet que o Sendero Luminoso não foi o primeiro a ter atividades terroristas no Peru, referindo-se a sabotagens e crimes cometidos por membros da Marinha na década de 1970.

El País

Planalto quer que Guedes dê entrevista “imediatamente” para explicar offshore milionária em paraíso fiscal

O governo Bolsonaro avalia que a oposição “está surfando na história”

247 – O Palácio do Planalto e o “entorno” do ministro da Economia, Paulo Guedes, segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, já concluiu que ele deveria dar uma entrevista “imediatamente” para explicar o caso do “Pandora Papers”, que revelou a existência de uma offshore do ministro.

A entrevista, para membros do governo, deve acontecer antes da ida do ministro à Câmara dos Deputados e ao Senado na segunda quinzena de outubro.

O governo avalia que a oposição “está surfando na história”.



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