Anderson Torres (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Anderson Torres será investigado por campanha antecipada, após ter participado de transmissão ao vivo, no dia 29 de julho, ao lado de Jair Bolsonaro, na qual o chefe do Executivo denunciou supostas fraudes eleitorais através das urnas eletrônicas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a investigação do ministro da Justiça, Anderson Torres, por campanha antecipada, após ter participado de transmissão ao vivo, no dia 29 de julho, ao lado de Jair Bolsonaro.

Torres teria realizado a infração ao apoiar as falas de Bolsonaro contra o sistema eleitoral, realizando ele mesmo ataques à Justiça Eleitoral.

O ofício de Moraes contra o ministro integra o inquérito das fake news, no qual Bolsonaro também foi incluído após suas denúncias de supostas fraudes eleitorais através das urnas eletrônicas. Moraes aceitou a notícia-crime feita pelo TSE contra o chefe do Executivo.

Os peritos se negaram a fazer juízo de valor sem análise oficial da corporação. Mesmo assim, Torres foi à live e apresentou os dados técnicos para, como ele disse, “corroborar” as ideias de Bolsonaro.

“Ao final do encontro, a posição dos peritos foi de que, para se ter um parecer conclusivo adequado, o material apresentado na reunião deveria ser remetido oficialmente à PF para análise mais aprofundada”, diz a PF em em nota.

Na semana passada, a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) publicou uma nota desmentindo os ataques de Bolsonaro sobre possíveis fraudes nas urnas eletrônicas.