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:: 2/maio/2021 . 23:55

Eduardo Bolsonaro elogia golpe em El Salvador, que destituiu ministros da suprema corte

“Tudo constitucional. Juízes julgam casos, se quiserem ditar políticas que saiam às ruas para se elegerem”, disse o deputado que já defendeu o fechamento do STF no Brasil

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) elogiou neste domingo (2) a decisão do Congresso de El Salvador, controlado pelo presidente Nayib Bukele, que aprovou a destituição de integrantes da Câmara Constitucional do Supremo Tribunal de Justiça.

“PR de El Salvador @nayibbukele tem maioria dos parlamentares em seu apoio. Agora, o Congresso destituiu todos os ministros da suprema corte por interferirem no Executivo, tudo constitucional. Juízes julgam casos, se quiserem ditar políticas que saiam às ruas para se elegerem”, escreveu Eduardo Bolsonaro, que já defendeu o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Bruno Covas se licencia e entrega prefeitura de São Paulo ao polêmico vice do MDB

Prefeito deixou o hospital e continua tratamento em casa; ele hoje recebe alimentação venosa e aplicações de quimioterapia de 48 horas a cada duas semanas

Em tratamento contra um câncer agressiva no sistema digestivo, que já produziu metástase óssea, Bruno Covas decidiu se licenciar da prefeitura de São Paulo, a maior do país.

O tucano deixará o posto da o vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB).

Covas teve alta na semana passada e continua o tratamento em casa. Os médicos consideram seu estado de saúde delicado.

O prefeito tem recebido alimentação venosa.

Ele foi tratado com quimioterapia e imunoterapia, mas a doença avançou no começo deste ano.

Reeleito no segundo turno em novembro passado, o tucano vinha despachando do hospital e de casa, mas agora seu estado inspira mais cuidados.

Nunes, que era vereador, é ligado ao grupo do presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM), que há mais de uma década controla o orçamento municipal em sua passagem pelo Legislativo.

Entre tucanos, sua ascensão é vista com reservas, em especial da hipótese de o afastamento de Covas se estender. relatam Igor Gielow Cláudia Collucci, na Folha.

No Palácio dos Bandeirantes, contudo, a avaliação do governo João Doria (PSDB), fiador de Nunes na chapa com Covas em nome de uma aliança maior para 2022, o vice tem recebido elogios por seu desempenho em reuniões e ações recentes na prefeitura.

Segundo boletim médico divulgado por sua assessoria na semana passada, o tratamento oncológico do prefeito, com um novo protocolo de quimioterapia em conjunto com imunoterapia, continuaria a ser feito, com aplicações de 48 horas a cada duas semanas.

O câncer de Bruno Covas teve origem na cárdia, uma válvula no trato digestivo, e depois afetou também o fígado. Ele iniciou tratamento ainda em 2019 e evita, desde então, afastar-se de suas funções na prefeitura, limitando suas licenças médicas.

Entre outubro de 2019 e fevereiro último, o prefeito fez oito sessões de quimioterapia. As lesões cancerígenas regrediram, mas não desapareceram por completo.

 

É preciso enterrar o neoliberalismo

“Nos Estados Unidos, Biden promove mudanças profundas, com medidas econômicas e sociais que implicarão expansão de US$ 5,4 trilhões nos gastos nesta década. No Brasil, a agenda econômica segue interditada pelo ideário austericida que aprofunda a crise e amplia as desigualdades”, escrevem o ex-ministro Alozio Mercante e o sociólogo Marcelo Zero

A história não necessariamente precisa repetir-se como tragédia ou farsa. Em algumas circunstâncias, ela pode repetir-se como êxito. É o caso, por exemplo, dos pacotes de estímulos que Joe Biden pretende implantar nos Estados Unidos. Trata-se do mais ambicioso plano econômico desde o New Deal de Franklin Delano Roosevelt.

Com efeito, quando analisado em conjunto com uma série de medidas adicionais, verifica-se que o chamado Plano Biden é também um projeto de grande alcance, que se espraia por todas as áreas relevantes, tanto econômicas quanto sociais. No último dia 28, Biden anunciou o Families Plan, que aumenta os investimentos públicos na área social em US$1,8 trilhão.

A história não necessariamente precisa repetir-se como tragédia ou farsa. Em algumas circunstâncias, ela pode repetir-se como êxito. É o caso, por exemplo, dos pacotes de estímulos que Joe Biden pretende implantar nos Estados Unidos. Trata-se do mais ambicioso plano econômico desde o New Deal de Franklin Delano Roosevelt.

Com efeito, quando analisado em conjunto com uma série de medidas adicionais, verifica-se que o chamado Plano Biden é também um projeto de grande alcance, que se espraia por todas as áreas relevantes, tanto econômicas quanto sociais. No último dia 28, Biden anunciou o Families Plan, que aumenta os investimentos públicos na área social em US$1,8 trilhão.

Ele não tem a mesma profundidade do Green New Deal proposto por Bernie Sanders, mas, mesmo assim, representa avanço muito significativo. Tampouco trata do problema central do capitalismo: a financeirização perversa da economia real. Mas o que Biden propõe não é apenas uma pequena reforma. É, para os padrões extremamente conservadores dos EUA das últimas décadas, uma mudança de paradigma. Caso seja exitoso, o plano significará o abandono do neoliberalismo radical e hegemônico desde Ronald Reagan e da austeridade fiscal pró-cíclica.

Obviamente, o Plano Biden, assim como o New Deal de Roosevelt, visa socorrer o capitalismo norte-americano em crise. E, no primeiro caso, criar as condições para os EUA se reposicionarem na disputa geoestratégica marcada pela consistente e acelerada ascensão da China, que avança para ocupar o lugar de maior economia do planeta.

Da mesma forma, é preciso considerar que o plano se refere às políticas internas. Em política externa, a administração Biden permanece muito conservadora, mantendo a maioria dos objetivos da administração anterior, embora com métodos mais brandos do que os de Donald Trump.

Nesse sentido, Biden deverá manter a mesma atitude hostil contra Venezuela, Irã, China, Rússia e quaisquer outros países que sejam vistos como ameaças aos interesses norte-americanos. Seu principal objetivo geopolítico é o de tentar reafirmar a ameaçada hegemonia dos EUA, num cenário mundial crescentemente conflitivo e incerto.

Em relação especificamente ao Brasil é à América Latina, a diretriz de Biden será a de manter a região como zona de influência exclusiva dos EUA, em linha com a histórica Doutrina Monroe. Isso implicará fragilização do processo de integração regional soberano e o eventual novo uso do lawfare e outros mecanismos contra governos que não se alinhem aos interesses dos EUA na região. Isso, no entanto, não elimina os avanços sociais. Ao contrário, assim como no New Deal, há no Plano Biden, bem como em várias medidas adicionais previstas em seu governo, o reconhecimento explícito de que a crise não será superada e os EUA não poderão voltar a ser competitivos, se não reconstituírem sua classe média, distribuírem renda, eliminarem a pobreza, gerarem empregos decentes e sindicalizados, assegurarem direitos trabalhistas e investirem em serviços públicos e no Estado de Bem-Estar.

Por isso, a proposta de Biden visa explicitamente reverter a tendência de concentração de renda e patrimônio, erosão das classes médias, fragilização da classe trabalhadora, aumento da pobreza e de eliminação do Estado de Bem-Estar que se verifica nos EUA desde o final da década de 1970 do século 20.

O Plano Biden procura reabilitar a política fiscal e a emissão de dívida pública como essenciais para a recuperação e reconstrução imediata da economia americana. Distribui no tempo, por um prazo de oito anos, o endividamento e, com base nessa flexibilidade macroecômica, fundamenta os investimentos iniciais

Assim como o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, anunciado pelo PT em setembro do ano passado – e largamente ignorado pela mídia nacional –, o Plano Biden, que causa frisson na imprensa local, tem dimensão emergencial – a da reconstrução – e uma de médio e longo prazo – a da transformação.

Em primeiro lugar, há o chamado America Rescue Plan, mais concentrado na emergência, que já é lei e prevê investimentos de US$ 1,9 trilhão.

Embora o CARES Act de Donald Trump tenha sido até maior – US$ 2,2 trilhões –, ele reservou apenas US$ 500 bilhões para os cidadãos. O resto das despesas não comprometidas com gastos para a compra de vacinas foi quase todo para ajuda a empresas, inclusive as grandes corporações. Ademais, o CARES Act muito foi aperfeiçoado pelo Congresso, em negociações com os Democratas. Ao final do ano, Trump quis reduzir os cheques para apenas US$ 600, no que foi rechaçado pelo Democratas, que queriam cheques de US$ 2 mil.

Agora, boa parte do estímulo, cerca de 1 US$ trilhão, é para ajuda direta aos cidadãos. Além dos cheques de US$ 1.400 para os cidadãos – um super auxílio emergencial –, há a extensão do seguro-desemprego, o auxílio para pagamentos de aluguéis, o fortalecimento do sistema de distribuição de alimentos gratuitos, entre outras políticas sociais.

Além disso, há investimentos emergenciais para a produção e comercialização de vacinas, expansão da testagem sobre o coronavírus, contratação de 100 mil novos empregados no setor de saúde, gastos substanciais em educação para permitir a abertura das escolas, ajuda para que estados e cidades possam manter os serviços públicos, linhas facilitadas de crédito para pequenas e médias empresas, claramente colocando a geração de emprego e renda no centro da política econômica.

Os investimentos são de tal ordem, que a maioria dos bancos e das agências de risco projeta um crescimento da economia norte-americana entre 7% e 8,5% já para este ano.

Mas há, ainda, uma segunda parte do plano, mais focada no médio e longo prazo, que visa transformar profundamente os cenários da economia e da sociedade norte-americanas. Trata-se do Build Back Better ou America Jobs Plan, que prevê investimentos da ordem de US$ 2,3 trilhões em infraestrutura, educação, seguridade social, saúde, ciência e tecnologia, meio ambiente e energia limpa. Esses investimentos estatais aportariam um crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,2% entre 2022 e 2024 e de 2,9% entre 2024 e 2030.

Com tais investimentos seriam gerados 18,6 milhões de empregos “decentes e sindicalizados”. E, já em 2022, a taxa de desemprego pode vir a ficar em cerca de 4%.

Esse grande programa contracíclico e “desenvolvimentista” não se limita a reformar a infraestrutura já existente. Boa parte desses investimentos serão destinados a áreas “portadoras de futuro”. Por isso, estão previstos grandes investimentos na transição ambiental e energia limpa, novos sistemas de transporte, banda larga e inclusão digital, novas tecnologias de comunicação e informática, educação, ciência, tecnologia e inovação de um modo geral. Há o sólido fomento para a destruição criadora, no impulso da economia ambientalmente sustentável de baixo carbono.

Com o intuito de fortalecer essas áreas, serão investidas grandes somas, no valor de US$ 400 bilhões, em compras governamentais direcionadas. Tudo isso já foi divulgado.

Mas são os investimentos na área social que mais chamam a atenção. Em educação, o Plano Biden promete, em primeiro lugar, perdoar a dívida estudantil, a segunda maior dívida das famílias dos EUA, atrás apenas das hipotecas. Será um alívio financeiro imenso para estudantes e suas famílias. Hoje, muitos estudantes acabam desistindo de fazer ou completar cursos universitários para não terem de se endividar pelo resto da vida.

Não bastasse, Biden promete ensino público e gratuito nas universidades para aqueles estudantes que venham de famílias que tenham renda de até US$ 125 mil por ano.

A combinação do perdão e limitação dos pagamentos das dívidas estudantis com cursos universitários gratuitos representa um poderoso estímulo para a educação superior, a competitividade geral da economia, o desenvolvimento científico-tecnológico e a diminuição das desigualdades sociais e raciais. Esta é uma dimensão essencial para impulsionar a economia do conhecimento e promover a inclusão social.

Na área da saúde, Biden vai expandir o Medicare, programa de atendimento gratuito à saúde, criado por Obama para idosos (mais de 65 anos) e famílias pobres. Biden quer que todos os americanos com mais de 60 anos façam parte do programa. Ademais, o democrata quer expandir também o Medicaid, programa de planos de saúde a preços módicos para 97% dos não atendidos pelo Medicare.

Não seria ainda um sistema público universal, mas trata-se de um sistema híbrido que poderia levar grande alívio, inclusive financeiro, às famílias norte-americanas. Afinal, nos EUA muitas hipotecas são feitas para poder pagar caríssimos tratamentos de saúde. Há uma nova dimensão para o fomento da economia de cuidados, educação, saúde e segurança pública.

Biden também investirá na indústria de genéricos, numa regulação mais estrita dos planos privados de saúde e no controle do abuso dos preços de medicamentos e procedimentos.

Em medida adicional ao plano, Biden pretende dobrar o salário-mínimo dos EUA, que passaria de pouco mais de US$ 7 por hora para US$ 15 por hora trabalhada. Dessa forma, cerca de 40 milhões de trabalhadores norte-americanos poderão vir a dobrar a sua renda.

A Casa Branca também tem pronto o projeto de lei do Protecting the Right to Organize (PRO) Act, que busca facilitar a organização dos trabalhadores e expandir a sindicalização. Hoje, os EUA tem níveis muito baixos de trabalhado ressindicalizados: cerca de 7% da força de trabalho.

A criação de empregos decentes, de boa remuneração e sindicalizados (union jobs) está no cerne da estratégia de Biden para reconstituir a classe média dos EUA e constituir novamente uma classe trabalhadora afluente e com bom poder de barganha.

Nesse campo, há várias outras medidas que expandem direitos trabalhistas. Assim, há o Paycheck Fairness Act para garantir que as mulheres sejam pagas igualmente por trabalho igual e projetos que asseguram o pagamento por dias de ausência por doença e 12 semanas de licença familiar e médica remunerada.

Uma das mudanças importantes são as sinalizações na política monetária, onde constata que nos últimos 10 anos a inflação estiveram abaixo da meta de 2%, e agora poderão tolerar patamares de até 2,5% para conter a taxa de juros e estimular o crescimento e a geração de empregos.

O plano também reabilita a política industrial como parte essencial da estratégia de relançamento da economia dos EUA.

O pacote de Biden e esse outro grande leque de medidas econômicas e sociais implicarão expansão de US$ 5,4 trilhões de gastos federais nesta década. Para financiar essa expansão, Biden apresentou um novo código tributário mais progressivo para contribuintes individuais e um aumento na alíquota de imposto corporativo de 21% para 28%. Mas a reposição da taxação das empresas aos níveis anteriores é apenas uma parte da arrecadação necessária para financiar os investimentos previstos.

A lista de propostas de aumento de impostos para os ricos inclui também, entre outras medidas: 1) aumentar da alíquota máxima de imposto de renda de 37% para 39,6%; 2) tributar integralmente ganhos de capital e dividendos para aqueles com renda anual acima de US$ 1 milhão; 3) aplicar um imposto sobre a folha de pagamento da Previdência Social para aqueles que ganham mais de US$ 400 mil por ano.

Ele também propõe a cobrança de uma “sobretaxa de offshoring” de 10% sobre a receita da produção de bens ou serviços produzidos no exterior, mas vendidos nos EUA por empresas americanas.

Contudo, o mais importante não é isso. No campo tributário, a proposta mais relevante de Biden é a criação de um imposto internacional mínimo de 21% sobre os lucros de empresas multinacionais. O objetivo é impedir que as empresas transfiram sua produção ou sede legal para países que têm legislação fiscal frouxa. Dessa maneira, Biden, quer instituir um combate global e concatenado à evasão fiscal, à “maquiagem fiscal” e aos chamados “paraísos financeiros”.

A proposta, em discussão no G20, permitiria arrecadação anual de US$ 640 bilhões, e ensejaria a recuperação de um grande volume de ativos desviados e sonegados.

Todas essas medidas, além de outras ainda em estudo, apontam, para uma revisão completa do chamado “modelo neoliberal” impulsionado pelo “Consenso de Washington”, com seu Estado mínimo e as políticas pró-cíclicas a ele associadas. Isso para dizer o mínimo. Se Biden terá êxito na empreitada, é outra discussão. Resistências e recuos seguramente farão parte deste esforço abrangente de mudança de rota.

Na realidade, Biden e os Democratas estão apenas se somando a uma crescente opinião majoritária, até mesmo entre parcela dos conservadores, segundo a qual o modelo neoliberal e suas políticas tornaram-se disfuncionais às economias e sociedades.

A gravidade da crise desencadeada pela pandemia e a ascensão da China, que já voltou a crescer 18,3% neste último trimestre, aceleraram essa reversão de expectativas.

Há, entretanto, aqueles que acham que o capitalismo, em sua fase atual de acumulação, é intrínseca e inexoravelmente neoliberal.

Porém, a análise histórica do capitalismo demonstra, ao contrário, que esse sistema tem bastante flexibilidade e capacidade adaptativa. O New Deal de Roosevelt é prova disso. Afinal, as “leis econômicas” não são naturais. Elas são politicamente disputadas e historicamente construídas.

Independentemente do debate de fundo, o fato, cada vez mais evidente, é que o neoliberalismo se esgotou. Ou o capitalismo enterra o falido modelo neoliberal ou esse modelo enterrará politicamente o capitalismo como opção minimante viável para assegurar a sobrevivência da natureza, da humanidade e das democracias.

Hoje, temos economias e sociedades em profunda crise. E modelos carcomidos e adoecidos. A solução – a vacina – é a volta da ação substancial do Estado, com políticas econômicas e sociais robustas e transformadoras. O tratamento é o enterro do neoliberalismo.

John Mayard Keynes dizia: homens práticos, que se consideram isentos de quaisquer influências intelectuais, frequentemente são escravos de algum economista defunto. Nada demais. Há ótimos economistas defuntos, como o próprio Keynes.

No Brasil, entretanto, os homens que estão no poder continuam a ser escravos de ideias mortas e modelos falidos amplamente questionados lá fora. Ideias que tiveram seu auge nos 1980 e 1990 do século 20, mas que hoje não inspiram mais ninguém com bom senso e contato com a realidade. Aqui, sequer se admite a revisão temporária do modelo neoliberal e de suas políticas austericidas, na conjuntura de crise profunda, socialmente dramática e insustentável que o país vive.

Por tal razão, enquanto o Plano de Biden, que revisa conjuntural e estruturalmente o paradigma neoliberal, é saudado aqui como algo progressista e “desenvolvimentista”, o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil apresentado pelo PT, que propõe, mutatis mutandis, algo semelhante e apresentado com antecedência, sequer entra no debate. Os grandes interesses do sistema financeiro envolvem os principais veículos da mídia brasileira altamente concentrada e oligopolizada.

No Brasil, não faltam apenas as vacinas médicas para salvar vidas. Falta mais democracia, pluralidade no debate e discussão aprofundada sobre alternativas. Estas sim são as vacinas políticas capazes de enterrar o neoliberalismo e salvar o país.

“Família Bolsonaro contratou ex-mulher de Adriano da Nóbrega quando ele já era um dos maiores bandidos do Rio”, diz Bruno Manso

O autor do livro “República das milícias: dos esquadrões da morte à Era Bolsonaro”, Bruno Paes Manso, comentou na TV 247 sobre os laços da família Bolsonaro com as milícias do Rio de Janeiro. Ele mostra como Fabrício Queiroz auxiliou Adriano da Nóbrega na sua fuga e revela que Flávio Bolsonaro contratou a ex-mulher do miliciano para seu gabinete em 2016 com o objetivo de “organizar o esquema das rachadinhas”.

Bruno Paes Manso, jornalista, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro “República das milícias: dos esquadrões da morte à Era Bolsonaro”, em entrevista à TV 247, comentou sobre os laços da família presidencial com as milícias cariocas. Para ele, além da revelação de que Adriano da Nóbrega mantinha contato com Jair Bolsonaro, chamado de o “homem da casa de vidro”, em referência ao Palácio do Planalto, é necessário lembrar que Flávio Bolsonaro contratou a ex-mulher do miliciano para atuar no esquema das rachadinhas.

“Eu vi [o vazamento do grampo] com um olhar mais jornalístico e, digamos assim, mais cinematográfico pela imagem do ‘homem da casa de vidro’, que achei muito cinematográfica e interessante para se referir ao presidente. E para falar e trazer à tona uma informação que, no fundo, já é muito bem documentada e sabida, que é a relação do presidente com o Adriano Magalhães da Nóbrega e com o Fabrício Queiroz desde 2004-2005, quando o Queiroz foi preso e passou a fazer o lobby em favor do Adriano junto à família”, disse o pesquisador.

Ele ainda revela a relação dos advogados da família com as milícias: “Não só isso é bastante documentado, como agora, conforme se desenvolvem as investigações e vêm à tona as informações sobre as rachadinhas feitas no gabinete da família, fica evidente inclusive que existia um núcleo coordenado pelo Adriano da Nóbrega que envolvia sua ex-mulher e a mãe para organizar o esquema do Flávio. Sendo que a mãe dele foi contratada em 2016, quando ele já era um dos maiores bandidos do Rio de Janeiro. Quando o Queiroz foi preso na casa de seu advogado, o Frederick Wassef, em Atibaia, um dos advogados que tinha sido mediado para defendê-lo era o Paulo Catta Preta, que é um bom advogado de Brasília que passou a fazer a defesa do Adriano também. Vemos inclusive na decretação da prisão preventiva do Queiroz que existe uma permanente interferência e apoio dele na fuga do Adriano”.

 

Fonte: 247

Acusada de participação em esquema de corrupção, Uninove tem R$ 562 milhões bloqueados

A Justiça de São Paulo determinou na noite desta segunda-feira (26) o bloqueio de bens de mais de R$ 560 milhões da Uninove, uma da maiores faculdades privadas do país, por suposta participação em esquema de corrupção para fugir do pagamento de impostos ao município de São Paulo.

A decisão do juiz José Eduardo Cordeiro Rocha, da 14ª Vara da Fazenda Pública da capital, atende pedido do Ministério Público de São Paulo em ação civil pública. A decisão, em caráter liminar, se entende a ex-fiscais do município e a empresário que forneceu notas fiscais frias à universidade.

De acordo com a ação civil pública proposta pela Promotoria do Patrimônio Público na semana passada, o esquema durou entre 2003 e 2012 e teve participação direta de integrantes da cúpula da instituição e de fiscais corruptos, integrantes da chamada máfia de fiscais.

Da;Folha:
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“Polarização Lula-Bolsonaro está colocada e terceira via é pescaria no deserto”, diz Mercadante

Sobre a disputa nos estados, o ex-ministro defendeu uma candidatura de Haddad em São Paulo. “O Haddad já lidera as pesquisas e é um candidato extraordinário. Nós precisamos ter um entendimento com o PSOL, com o Boulos, que é uma liderança também. Acho que o futuro aqui é o Haddad”, disse. 

O ex-ministro Aloizio Mercadante afirmou à TV 247 que a eleição presidencial de 2022 será disputada entre Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula e que a tentativa de criação de uma “terceira via” não dará certo.

Entretanto, Mercadante disse que o ex-presidente não está ainda discutindo sua possível candidatura. O ex-ministro também avaliou que o atual governo está em decadência, principalmente após a instalação da CPI da Covid. “Nesse momento, o Lula só quer discutir fome, pobreza, crise e Covid. Ele não pensa em outra coisa, e com razão. Não faz sentido você começar a discutir a campanha de 2022 no momento em que nós estamos vivendo. O governo Bolsonaro está muito emparedado pela CPI, é uma ameaça. É uma CPI que pode ter desdobramentos importantes. Então eles estão emparedados, a área econômica está desmoronando. Esse projeto está desmoronando e a alternativa é Lula. A polarização está dada, a chamada ‘terceira via’ é uma pescaria no deserto”.

Questionado sobre a necessidade de formar alianças para 2022, tanto no cenário nacional quanto no estadual, o ex-ministro afirmou que os partidos devem, mais cedo ou mais tarde, passar a declarar apoio a Lula. “Sobre aliança, a minha visão é a seguinte: assim como nós estamos passando do Lula Livre para o Lula lá, tem muita gente que já é Lula lá mas ainda não é Lula já. Muitos partidos que já estão procurando, que já estão conversando e que vão desembarcar no Lula mas ainda estão… Tem questões a serem administradas. Os partidos têm interesses regionais, o PT vai ter que saber fazer alianças em alguns estados para poder consolidar as alianças. A chance de nós termos uma forte aliança da esquerda é muito grande”.

Sobre São Paulo, estado pelo qual Guilherme Boulos (PSOL) já disse que concorrerá, Mercadante afirmou que nunca houve um cenário tão favorável para a esquerda na região. Ele defendeu, no entanto, uma candidatura do ex-ministro Fernando Haddad (PT). “No caso de São Paulo, eu nunca vi um cenário tão favorável para a gente ganhar a eleição nesses 40 anos de PSDB. Eu acho que o Fernando Haddad já lidera as pesquisas e é um candidato extraordinário, não só pela formação dele, que é muito qualificada, como pela experiência como gestor público. É um grande gestor, um quadro muito preparado, tem muito futuro. Então acho que ele vence a eleição. Nós precisamos ter um bom entendimento com o PSOL, com o Boulos, que é uma liderança também emergente, promissora, importante, com o PCdoB, com o próprio PSB e tentar ampliar a aliança”.

“Acho que o futuro aqui [em São Paulo] é o Haddad. Se o Lula ganhar a eleição lá e o Haddad aqui, eu vejo que a gente pode ter sim uma mudança na correlação de forças. Nosso problema não é só ganhar a eleição, é ganhar condições de governabilidade”, concluiu.

O começo do fim

Início dos trabalhos da CPI da Covid, no Senado Federal, pode ser o primeiro passo para a saída de Bolsonaro do poder

A CPI da Covid, que vai investigar as ações e omissões do governo federal na pandemia, começou na terça-feira 27 com um potencial de definir o futuro do presidente Jair Bolsonaro.

O Planalto sabe dos riscos que corre e tenta, desde o início, impedir que a Comissão funcione normalmente. Até agora, no entanto, só acumula derrotas.

Após a eleição de Omar Aziz (PSD-AM) para presidente e a escolha de Renan Calheiros (MDB-AL) como relator, senadores ligados a Bolsonaro apresentaram um mandado de segurança no STF em que alegaram que o emedebista é suspeito por ser pai do governador de Alagoas, Renan Filho, um possível investigado.

Em sua decisão, o ministro Ricardo Lewandowski negou o pedido e disse que a escolha do relator cabia exclusivamente ao Senado.

Foi a segunda tentativa do governo de barrar Calheiros como relator da CPI.

Na segunda-feira 26, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) conseguiu barrar a nomeação na justiça, mas a decisão foi derrubada pelo Tribunal Federal Regional da 1ª Região.

Com Calheiros confirmado na relatoria, os recados ao governo começaram. Em entrevista coletiva, o senador declarou que “só devem ter preocupação os aliados do vírus. Quem não foi aliado do vírus não deve ter nenhuma preocupação”.

Em seu primeiro discurso no cargo, o senador prometeu uma “profunda e caudalosa investigação”, que será “árida e acidentada, mas exitosa”.

“A comissão será um santuário da Ciência, do conhecimento, e uma antítese estridente do obscurantismo negacionista e sepulcral, responsável por uma desoladora necrópole que se expande diante da incúria e do escárnio desumano”, disse Calheiros.

Os membros da Comissão já definiram as datas dos depoimentos dos ex-ministros da Saúde e do atual, Marcelo Queiroga.

Henrique Mandetta e Nelson Teich vão comparecer na próxima terça-feira 4.

Já o general Eduardo Pazuello será ouvido na quarta-feira 5. Por fim, Queiroga irá depor na quinta-feira 6.

Em artigo exclusivo para CartaCapital, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), explicou que “as linhas centrais da investigação se concentram nas ações de enfrentamento à pandemia, com destaque para as vacinas e outras iniciativas voltadas a contenção do coronavírus”.

“As quatro centenas de milhares de vidas perdidas são um indício de que a reposta brasileira à crise sanitária foi ao menos inadequada”, escreveu o senador.

É consenso que a CPI da Covid arranhará Bolsonaro de alguma forma.

Se não será suficiente para a abertura de um processo de impeachment, como avalia o cientista social Glauco Peres da Silva, da USP, certamente abalará a imagem do presidente.

Globo quebra boicote e exibe falas de Lula e Dilma no Primeiro de Maio

Em reportagem sobre os atos do Dia dos Trabalhadores, Jornal Nacional exibiu depoimentos dos ex-presidentes Lula, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso com críticas ao governo de Jair Bolsonaro

O Jornal Nacional, da Globo, quebrou neste sábado (1º) a campanha de notícias negativas que promove contra o PT e exibiu declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-presidenta Dilma Rousseff sobre o Dia dos Trabalhadores.

O JN exibiu trecho do pronunciamento de Lula em que o ex-presidente defende a esperança dos trabalhadores contra o genocídio perpetrado por Bolsonaro. “O povo brasileiro é maior do que essa gente que está destruindo o Brasil. O Brasil vai dar a volta por cima”, disse Lula.

No Twitter, internautas comentaram a mudança de postura do principal telejornal da Globo, que é uma principais agentes do golpe de 2016 e da perseguição e prisão de Lula em 2018. Confira algumas reações:

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