:: 10/mar/2021 . 8:54
Com ‘vista’ de Kassio Nunes, STF não tem data para concluir julgamento de Moro
O ministro indicado pelo presidente Jair Bolsonaro pediu mais tempo para analisar a suspeição do ex-juiz; placar na Segunda Turma é de 2 a 2.
O Supremo Tribunal Federal interrompeu nesta terça-feira 9, mais uma vez, o julgamento de habeas corpus que pede o reconhecimento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro. O caso é analisado pela Segunda Turma da Corte, composta por cinco ministros. Até aqui o placar é de dois a dois.
Votaram para que o STF confirme a perda de imparcialidade por parte de Moro os ministros Gilmar Mendes, presidente do colegiado, e Ricardo Lewandowski. No final de 2018, quando o HC foi impetrado pela defesa do ex-presidente Lula, os ministros Edson Fachin, o relator, e Cármen Lúcia haviam se manifestado em defesa de Moro. Àquela altura, um pedido de vista de Gilmar suspendeu o prosseguimento da análise.
Nesta terça, o ministro Kassio Nunes Marques também pediu mais tempo para estudar o caso, decisão que adia por tempo indeterminado a conclusão do julgamento.
“Nunca acessei esse processo, nunca tive sequer a curiosidade. Até tentei alinhar o voto diante do que vi, principalmente do que foi trazido aos autos. Mas o tempo foi extremamente curto para um membro da Corte que jamais participou do processo e que não tinha absolutamente nenhum conhecimento sobre ele”, disse Kassio Nunes.
O primeiro ministro a votar nesta terça foi Gilmar Mendes, que se manifestou pelo reconhecimento da suspeição de Moro, a quem se referiu como um “juiz acusador”.
Em seu voto, o presidente da Segunda Turma também criticou as “intenções espúrias da força-tarefa” da Lava Jato em Curitiba, comandada por Deltan Dallangol, e apontou um “conúbio vergonhoso que se estabeleceu entre a mídia e os procuradores e o juiz”. Para ele, a operação protagoniza “o maior escândalo judicial da história brasileira”.
O ministro lembrou que já apoiou a Lava Jato, porque “o combate à corrupção é digno de elogio, é fundamental”, mas ponderou “não se combate crime cometendo crime”.
Fonte: Carta Capital
Delgatti: O hacker que descobriu as falcatruas da Lavajato
Um jovem de Araraquara, rejeitado pela mãe, desenvolveu ansiedade, e isso era controlado por ansiolíticos.
Walter Delgatti é o hacker que trouxe a tona as falcatruas da Lavajato.
Em 2015 ele foi apreendido com o cesto de medicamentos que ele fazia uso.
Eles fizeram a apreensão e esse inquérito ficou parado.
E em 2017 tinha um promotor na cidade que não gostava dele e começou a persegui-lo.
Quando foi um dia, um policial foi a faculdade e o prendeu por tráfico de drogas, aquelas medicações que foram apreendidas em 2015 eram as drogas da qual ele foi acusado por tráfico.
Ficou preso por quase 6 meses.
Ele conseguiu um HC e foi responder em liberdade.
Na audiência ele foi com a declaração do médico afirmando que todas as medicações que estavam com ele foram prescritas. Ele foi absolvido.
Nessa audiência ele viu esse promotor mexendo no celular, e acessando o telegram, e na cabeça dele ele queria achar alguma prova de que o promotor havia feito isso de propósito, por não gostar dele.
E ele resolveu invadir o telegram dele.
Ele estava arrasado por não ter encontrado nada, ele estava pesando 30 kg a menos, e foi excluído pelos amigos pois todos o viam como traficante. Ele mudou de cidade, de faculdade, perdeu a namorada.
E um dia em 2019 a aula na faculdade foi reforma da previdência, e ele chegou em casa e começou procurar por algum contato de parlamentar, até que ele achou do Kim Kataquiri,
Do Kim ele entrou em outros deputados, até que ele viu o contato do Deltan.
E ele era um defensor da lavajato, entrou por curiosidade.
Depois de 15 minutos lendo as conversas, ele se sentiu enganado, traído, pois ele viu que o que eles estavam fazendo era o mesmo que o promotor havia feito com ele. Uma farsa.
Eram tantas conversas que ele gastou horas pra baixar tudo.
Passou 1 mês pra ler, e chegou à conclusão de que aquilo precisava se tornar público, ele disse que ficou com medo pela vida dele.
Mas que uma força maior que ele o perturbava pra entregar para algum jornalista.
Foi quando ele teve a ideia de acessar o Kim de novo e procurar por alguém, foi quando ele achou o contato da Manuela, e ele pediu a ela o contato de algum jornalista, e ela passou o contato do Gleen.
Lula na disputa em 2022 fará Neto ter situação ‘difícil’ no embate com Wagner, diz cientista
Com a possível “volta ao jogo” do ex-presidente Lula na disputa eleitoral em 2022, após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, a eleição estadual na Bahia deverá um panorama mais difícil para o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). “Lula tem um recall na Bahia. Foi o principal responsável pela eleição de Wagner em 2006”, disse o cientista político Cláudio André de Souza.
“É interessante perceber que a Bahia é um território de oposição a Bolsonaro e identificado ao lulismo. A entrada de Lula consolida uma estratégia de que o PT vai precisar abrir mão de uma série de palanques, mas nos estados ele vai preservar as forças, como a Bahia, o Piauí, o Ceará e o Rio Grande do Norte. Claro que essa condição impacta na perspectiva de como vai ficar o PP e o PSD na Bahia. A aliança na Bahia é bem sucedida. A possível candidatura de Lula vai provocar uma maior viabilização de uma candidatura de Jaques Wagner. Isso coloca ACM Neto em uma condição difícil”, explicou ao Bahia Notícias.
O especialista aponta que Neto vem se movimentando para criar uma via contra Bolsonaro. “A tentativa que vamos perceber para Neto é de não se radicalizar, dentro de um discurso muito forte antipetista, mas vai precisar demarcar um espaço, para antecipar a viabilização da direita e centro direita. É muito difícil que ele embarque no Bolsonarismo. Ele vai tentar o caminho do meio”, disse.
Cláudio entende que o fortalecimento da via de centro esquerda com Lula não vai necessariamente buscar enfraquecer o bolsonarismo. O cientista acredita que Neto irá apresentar um diálogo com a base do presidente Bolsonaro “para ser uma alternativa”.
“Diferente de outros estados, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, na Bahia, o bolsonarismo não é expressivo. Mesmo que Neto carregue toda a força é insuficiente. Ele deve apostar em uma visão mais moderada. Claro que, hoje em dia, ele pode modelar discursos diferentes para públicos diferentes”, comentou.
José de Abreu promete dedicação ‘integral ao PT’ e cogita se candidatar na Bahia
O ator José de Abreu fez um anúncio em seu Twitter, nesta terça-feira (9), afirmando que dedicará seu tempo integralmente ao PT. Além disso, o ex-global também comentou sobre a possibilidade de se candidatar em 2022 na Bahia.
“A partir de setembro estarei me dedicando em tempo integral ao PT e à reconstrução do país. Chegou a hora. Coloco-me à disposição inclusive para concorrer a cargo eletivo. Na BA”, disse no Twitter em mensagem direcionada para a presidente do partido, deputada federal Gleisi Hoffmann.
O pronunciamento de José de Abreu veio após ele comemorar a notícia de que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda (8) a anulação de todas as condenações proferidas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Jornal Nacional expõe parcialidade de Moro e detalha votos de Gilmar e Lewandowski
Num raro momento desde o início da Lava Jato, o principal telejornal da Globo, que desde o início da operação atuou em conjunto na perseguição ao ex-presidente Lula, dedicou amplo espaço para expor as ilegalidades de Sérgio Moro
O Jornal Nacional desta terça-feira (9) dedicou extensa reportagem sobre o julgamento da parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Num raro momento desde o início da Lava Jato, o principal telejornal da Globo, que desde o início da operação atuou em conjunto na perseguição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dedicou amplo espaço para expor as ilegalidades do ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.
Na reportagem, a Globo dedicou cerca de 12 minutos apenas para falas do ministro Gilmar Mendes em que ele detalha os crimes cometidos pelo ex-juiz Sérgio Moro. O JN também dedicou cerca de 5 minutos para falas do ministro Ricardo Lewandowski, que também votou pela parcialidade de Moro.
- 1