:: 8/dez/2020 . 9:35
Rodrigo Maia e Alcolumbre – como fica a sucessão
Uma virada surpreendente no Supremo decidiu pela não reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado para a mesma legislatura. Agora, a corrida pelo controle do Congresso está aberta – e o governo tem muito a ganhar ou a peder com isso.
Depois de três dias de votação via plenário eletrônico, o STF surpreendeu boa parte dos analistas e vetou a possibilidade de recondução dos atuais presidentes da Câmara e do Senado. A maioria do tribunal divergiu do relator da matéria, ministro Gilmar Mendes. E agora? Para entender o significado da decisão do tribunal e explorar suas consequências, Renata Lo Prete recebe neste episódio a jornalista Maria Cristina Fernandes, colunista do Valor Econômico. Ela começa por explicar o desconforto de vários ministros com a interpretação heterodoxa que se pretendia dar ao artigo 57. “Pode valer tudo contra o presidente Jair Bolsonaro, menos afrontar a Constituição de forma tão aberta”, diz. E sugere que pesou também a repercussão negativa que a perspectiva da manobra gerou. Maria Cristina avalia que, com os atuais titulares fora do jogo, a sucessão nas duas Casas do Congresso “embaralhou bastante” e será jogada até o último instante (a eleição, interna, é no início de fevereiro). Ainda assim, ela examina os principais nomes colocados. “O governo precisa fazer o presidente, principalmente na Câmara”, afirma. Dois motivos principais: as pautas econômicas pós-pandemia e os mais de 50 pedidos de impeachment que dormem nos escaninhos da Casa.
Droga experimental pode reverter problemas na memória causados pelo envelhecimento, aponta estudo
Camundongos idosos que receberam a ingestão da droga ISRIB conseguiram restaurar funções cognitivas e tiveram as mesmas respostas que animais mais jovens. Para os pesquisadores, perdas cognitivas que afetam a memória por conta da idade não são permanentes e podem ser restauradas.
A droga também proporcionou alterações nas células T do sistema imunológico, indicando que a ISRIB pode ter implicações para doenças de Alzheimer e diabetes — Foto: Julia Mirvis para Pixabay
Um estudo realizado em camundongos idosos pela Universidade de San Francisco, na Califórnia, com a utilização de uma droga experimental, conseguiu reverter problemas de memória relacionados à idade.
O estudo publicado nesta terça-feira (1) no jornal eLife Sciences, mostra que a droga pode oferecer uma rápida restauração das habilidades cognitivas – manifestadas durante a juventude – nos animais idosos, seguida de um rejuvenescimento do cérebro e das células imunológicas.
Para os pesquisadores, o efeito a curto prazo aponta que as perdas cognitivas relacionadas à idade podem ser causadas por uma espécie de bloqueio fisiológico reversível, em vez de uma degradação permanente.
O estudo conclui que o cérebro envelhecido bloqueia recursos cognitivos por um possível ciclo vicioso de estresse celular. Segundo Peter Walter, coordenador do levantamento e professor do Departamento de Bioquímica e Biofísica. Em um comunicado da universidade, ele informou que o estudo encontrou uma maneira de quebrar o ciclo e restaurar as habilidades do cérebro bloqueadas pela idade.
A droga chamada de ISRIB, já foi utilizada em estudos anteriores para restaurar a função da memória, meses após o traumatismo cranioencefálico (TCE) — causado por uma agressão ou por uma aceleração, ou desaceleração de alta intensidade do cérebro no crânio –, reverter deficiências cognitivas na síndrome de Down, prevenir perda auditiva relacionada ao ruído, combater tipos de câncer de próstata e melhorar a cognição em animais saudáveis.
Reino Unido inicia nesta terça plano de vacinação contra a Covid-19
A população do Reino Unido começou a ser vacinada contra a Covid-19 nesta terça-feira (8). O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, diz que se trata de um “momento histórico”, referindo-se à data como o “Dia V” (uma referência ao Dia da Vitória da II Guerra Mundial).
A Covid-19 já infectou 1,7 milhão de pessoas e matou 61 mil no Reino Unido.
A nação foi a primeira no mundo a autorizar a utilização da vacina desenvolvida pela farmacêutica Pfizer e pela empresa alemã BioNTech.
Reportagem da Agência Brasil lembra que em comunicado divulgado no fim de semana, Matt Hancock informou que os primeiros grupos que vão receber a vacina serão “os mais vulneráveis e aqueles com mais de 80 anos”, bem como os funcionários de lares e residências seniores e do serviço de saúde público britânico (NHS, na sigla em inglês).
As especificidades da vacina Pfizer/BioNTech, que necessita de conservação a 70 graus negativos, representam um desafio logístico, disseram as autoridades sanitárias britânicas, acrescentando que as doses têm de ser transportadas por uma empresa especializada e que o descongelamento demora várias horas.
O Reino Unido encomendou 40 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech, o que permite proteger 20 milhões de pessoas, uma vez que esta vacina se administra com duas doses.
Fonte: Bahia Notícias
Governadores esperam que Pazuello anuncie múltiplas vacinas em reunião nesta terça
Governadores têm encontro marcado nesta terça-feira (8) com o ministro Eduardo Pazuello (Saúde). A expectativa deles é que o governo federal anuncie o compromisso de adotar múltiplas vacinas na imunização da população contra a Covid-19. Até o momento, o Ministério da Saúde tem apostado na vacina produzida pelo laboratório AstraZeneca, a ser fabricado na Fiocruz. Mas a perspectiva é a de que o imunizante só fique pronto em março.
João Doria (PSDB-SP) anunciou que deve começar em janeiro a vacinação da coronavac, produzida pela chinesa Sinopec no Instituto Butantan. Nesta semana, o Reino Unido inicia a imunização em massa com a americana Pfizer. Diante do avanço em outras frentes, os governadores pressionam Pazuello a comprar vacinas de outros laboratórios, o que é alvo de resistência de Jair Bolsonaro, que já declarou que o Brasil não compraria a vacina chinesa.
No fim de semana, os conselhos de secretários estaduais e municipais de saúde divulgaram uma carta aberta, em que defendem que todas vacinas que tenham segurança e eficácia devem ser empregadas e que o governo deve comandar a organização para a compra de materiais e a estratégia de vacinação.
“A falta de coordenação nacional, a eventual adoção de diferentes cronogramas e grupos prioritários para a vacinação nos diversos estados são preocupantes, pois gerariam iniquidade entre os cidadãos das unidades da federação, além de dificultar ações nacionais de comunicação e organização da farmacovigilância”, diz a carta.
Fonte: Bahia Notícias.
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