Deputados estaduais de São Paulo acusam partido de ‘perseguição política’ e negam participação em atos antidemocráticos
O PSL anunciou a expulsão dos deputados estaduais de São Paulo, Douglas Garcia e Gil Diniz, em comunicado nesta quarta-feira 15. Em nota, o partido alegou que teve como motivação as manifestações de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e seus magistrados.
Segundo a legenda, a decisão foi comunicada em reunião do Conselho de Ética da executiva estadual, em que somente Douglas Garcia esteve presente, acompanhado de seu advogado. Gil Diniz preferiu não comparecer, apesar de ter sido intimado por e-mail e por edital, de acordo com a sigla.
A nota de expulsão foi assinada pelo deputado federal Bozzella, presidente do diretório paulista do PSL. Em texto, o parlamentar afirmou que Garcia e Diniz afrontaram o estatuto do partido. Ambos tiveram “irrestrito direito de defesa”, mas não negaram os fatos a eles imputados.
“Em reunião do Conselho de Ética da executiva estadual do PSL em SP, foi deliberada a expulsão dos deputados estaduais Douglas Garcia e Gil Diniz, por práticas que afrontam o estatuto do partido, ao qual todos os filiados são submetidos, especialmente no que se refere ao seu artigo 7º do Código de Ética, que veda atividades políticas contrárias ao regime democrático, caracterizadas pela conduta dos dois deputados em manifestações que atentam contra o STF e seus ministros”, escreveu Bozzella.
Segundo ata da reunião, o PSL também afirma que “os representados abusaram da liberdade de expressão e do direito da crítica em relação ao STF e aos ministros”.