O ministro Celso de Mello, relator do inquérito que investiga o presidente Jair Bolsonaro por suposta interferência política na Polícia Federal, atendeu ao pedido da PF feito no final de maio e prorrogou a apuração por mais 30 dias. A decisão do ministro vem depois de o procurador-geral da República, Augusto Aras, concordar com a solicitação feita pela delegada Christiane Corrêa Machado, chefe do Serviço de Inquéritos da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado. A prorrogação de inquéritos é comum em investigações criminais e ocorre pela necessidade de novas diligências. Entre as providências apontadas pela PF como ainda pendentes na apuração está o depoimento de Bolsonaro. Até o momento, a PF colheu depoimentos do ex-ministro e do ex-diretor-geral da PF, dos ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Walter Braga Netto (Casa Civil), além da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), do empresário Paulo Marinho, ex-aliado do presidente, e delegados da Polícia Federal.